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SINDSAÚDE-RN | Trabalhadoras da saúde erguem a voz contra acusação de Styvenson de fingirem aplicar vacina

Depois do stress que passaram com o assalto de vacinas realizado na UBS de Ponta Negra, as trabalhadoras da saúde foram acusadas pelo reacionário Senador pelo RN, Styvenson Valentim (Podemos), de fingirem aplicação de doses de vacina e ainda insinuou que elas poderiam estar por trás do próprio assalto do dia 22 de março.

segunda-feira 29 de março de 2021 | Edição do dia

Após essa acusação reacionária, as trabalhadoras da UBS se organizaram através do Sindsaúde-RN para escrever uma carta de repúdio à declaração do Senador. Nos solidarizamos com as trabalhadoras dessa e de todas as unidades de saúde de Natal, que cumprem o papel de linha de frente da pandemia, dando seu corpo para enfrentar a catástrofe gerada pelos interesses capitalistas de não conter de fato o avanço da doença.

Veja a nota dos servidores da UBS Ponta Negra

NOTA DE REPÚDIO DO SINDSAÚDE/RN AO SENADOR STYVENSON VALENTIM (PODEMOS)

O Sindsaúde/RN manifesta seu veemente repúdio às declarações do senador Styvenson Valentim (Podemos), que levantou uma falsa acusação, sem provas, contra os profissionais de saúde sobre o assalto à Unidade Básica de Saúde de Ponta Negra, Natal/RN. Em uma rede social, o senador acusa os trabalhadores da saúde por terem participado do assalto que ocorreu na última segunda-feira (22), na qual criminosos invadiram a unidade e fizeram os trabalhadores da saúde de reféns, levando 20 doses da vacina Coronavc, imunizante contra a Covid-19. Além dessa grave denúncia criminosa, o senador também acusou os profissionais da saúde de fingirem as aplicações da vacina para ficarem com elas. Tais declarações são muito graves e devem ser repudiadas. Contraditoriamente, o senador utiliza sua posição para caluniar e difamar esses trabalhadores e trabalhadoras da saúde estão há mais de um ano atuando na linha de frente no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Esses profissionais estão fazendo tudo que podem para salvar vidas, mesmo diante de governos negacionistas, e que não priorizam a saúde pública e a vida da população. No início da pandemia, esses trabalhadores da saúde foram comparados a heróis, mas heróis tem poderes. Por outro lado, há políticos poderosos que poderiam salvar vidas, mas preferem debochar das mortes, preferem ridicularizar a ciência, preferem fazer acusações contra os trabalhadores da saúde que tanto se dedicam para atender e cuidar da população. Esses trabalhadores estão exaustos fisicamente e psicologicamente, estão adoecendo por causa da sobrecarga, do cenário de guerra nas unidades, de atuar em condições precárias, de ter que escolher quem recebe oxigênio porque faltam leitos de UTI para atender a população. Nós do Sindsaúde/RN repudiamos as declarações do senador Styvenson que teve o único intuito de desmoralizar e insultar aqueles que lutam incansavelmente por uma saúde pública de qualidade. É o senador que deve responder criminalmente por atentar contra a honra, a imagem e a dignidade de pessoas que estão arriscando suas vidas na linha de frente. Exigimos respeito e justiça!

O negacionismo de Bolsonaro é responsável pela cena de roubo na UBS, depois de ter atrasado a vacinação e tornado quase um item de luxo no país, graças também ao protecionismo das potencias imperialistas que estocaram vacinas e ainda mantiveram as patentes delas intocadas. Bolsonaro ainda congelou o salário dessas trabalhadoras até 2023, desprezando as vidas dessas trabalhadoras, muitas perdidas no enfrentamento ao Coronavírus.

Mas também os governos estaduais e prefeituras da direita, como Álvaro Dias, e também os do PT como Fátima Bezerra, também tem responsabilidade por essa situação. Não promoveram política de contratação massiva na saúde, dos leitos de UTI, unificando sistema publico e privado (pelo contrário, Fátima pediu ao STF que proibisse essa demanda), ou mesmo a expropriação de salas de hotéis para realização de isolamento racional combinada com testagem massiva. Isso contribui para que a pandemia voltasse com ainda mais força após as reaberturas para agradar a Fecomércio e Flávio Rocha, e levou os trabalhadores da saúde a se depararem com uma situação ainda mais grave.




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