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TRABALHO PRECÁRIO MATA NA UFMG | Trabalhador morre em acidente de trabalho na UFMG

Na segunda, 15/02, um trabalhador da empresa de ar condicionado Real morreu dentro do campus da UFMG enquanto trabalhava no prédio da Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa).

quinta-feira 18 de fevereiro de 2016 | 01:00

Uerber Alves Pereira Júnior, 49 anos, fazia a troca do ar condicionado apoiado em uma estrutura de amianto, que não suportou o peso e caiu, levando à queda do trabalhador de uma altura de 10 metros. Uerber chegou a ser socorrido, mas não aguentou. Segundo informações, o trabalhador não utilizava nenhum tipo de equipamento de segurança e fazia seu trabalho apoiado em uma estrutura improvisada, parte do prédio, que não tem utilidade de servir como apoio e suportar o peso de uma pessoa.

Mais uma vez, uma das maiores universidades do país é palco dos graves efeitos da precarização do trabalho, dessa vez levando a mais drástica consequência. E como já é comum, essa precarização vem através da terceirização do serviço, mostrando como essa prática não apenas retira direitos, diminui salários e humilha, como também leva trabalhadores à morte. A empresa terceirizada diz acompanhar o trabalho da perícia, porém a própria UFMG, a quem Uerber prestava serviço, não se pronunciou, o que mostra mais uma face da terceirização: isenta o contratante do serviço de responder pelo que acontece com os trabalhadores, mesmo que os fatos ocorram dentro do seu próprio espaço, nesse caso a universidade.

Ironicamente, a morte desse trabalhador aconteceu justamente no prédio que reúne grande capital de investimento para as pesquisas feitas na universidade. A Fundep é uma entidade de direito privado que foi criada para captar recursos financeiros junto às agências de fomento à pesquisa, liberando os pesquisadores para se dedicar apenas às suas aos seus trabalhos acadêmicos. E é no prédio dessa instituição, onde há concentração de recursos para financiar grandes pesquisas, que um trabalhador precário morre por não ter nenhuma estrutura nem equipamento que garanta a segurança de seu trabalho.

Basta de perder vidas no trabalho precário! A UFMG e a Fundep também são responsáveis pela morte de Uerber! Pela imediata efetivação de todos os trabalhadores terceirizados, sem necessidade de concurso público!




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