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GREVE PROFESSORES LOS ANGELES | Todo apoio à greve de professores em Los Angeles! Que a luta continue!

Desde segunda passada, mais de 30.000 professores do distrito de Los Angeles estão em greve, com amplo apoio de alunos, pais e outros trabalhadores. Em 30 anos, é a primeira greve contra o Distrito Escolar de Los Angeles, seguindo a onda de greves de professores iniciada ano passado em cinco outros estados. Aqui no Brasil, devemos seguir e apoiar a greve dos professores norte-americanos, como grande ferramenta de luta contra os ataques dos governos reacionários de ambos os países!

segunda-feira 21 de janeiro de 2019 | Edição do dia

Créditos imagem: David McNew/Getty Images

Com forte adesão dos professores do distrito e grande apoio de estudantes, pais e outros setores de trabalhadores, a maioria das demandas da luta concentra-se em mudanças que proporcionariam uma melhoria na vida dos estudantes (grande maioria formada por filhos de trabalhadores precários latinos), ligadas à batalha contra a precarização do trabalho docente, a privatização da educação e o racismo sistêmico: salas com menos alunos e contratação de trabalhadores de apoio escolar, como enfermeiros, bibliotecários, orientadores educacionais e psicopedagogos. Os docentes também exigem um aumento de salário de 6,5%, ínfimo se observamos o altíssimo custo de vida da cidade de Los Angeles.

Influenciados pela greve no estado mais rico dos EUA (A Califórnia possui a 5ª maior economia do mundo, ultrapassando países como o Reino Unido), novas tensões trabalhistas estão surgindo em outros distritos escolares do país, como na cidade de Oakland na Califórnia, onde os professores enfrentam problemas semelhantes e poderiam entrar em greve muito em breve.

Créditos imagem: Frederic J. Brown/AFP/Getty Images

Depois de cinco dias de piquetes e marchas por toda a cidade, com professores e apoiadores enfrentando a chuva e o frio, o sindicato de professores de Los Angeles decidiu pausar as atividades de greve durante o final de semana e o feriado de hoje, 21 de janeiro, prometendo a retomada dos piquetes amanhã, caso nenhum acordo seja fechado.

Ontem, em portas fechadas, teve o quarto dia de negociações entre representantes do Sindicato de Professores de Los Angeles e a prefeitura do segundo maior distrito escolar dos Estados-Unidos. Ambos os lados concordaram em manter as negociações confidenciais, mostrando o quanto o sindicato está ligado ao Partido Democrata, que governa a região, e os limites colocados por um sindicalismo burocrático que ao invés de se alinhar imperiosamente junto aos trabalhadores, prioriza negociar com políticos capitalistas.

A última greve docente em Los Angeles havia ocorrido há quase trinta anos. Com todas as suas diferenças de organização e ação, a retomada desta arma de luta pelos professores norte-americanos parece reafirmar o papel docente como primeira ala de resistência à política de Trump e de seu governo. No Brasil, o cenário deve ser semelhante. Para enfrentar os ataques do governo Bolsonaro, os professores devem ser a linha de frente junto à luta das mulheres, que vem mostrando há anos seu papel de vanguarda na luta contra a opressão e a exploração e que consiste a maioria da classe trabalhadora docente.

Por isso, daqui do Brasil, nós do MRT e do Esquerda Diário gostaríamos de declarar nossa solidariedade e apoio aos professores de Los Angeles em luta, chamando por uma paralisação internacional de mulheres com ampla participação dos trabalhadores da educação, como forma de organizar a luta contra as reformas e ataques reacionários que os capitalistas querem empurrar aos trabalhadores. Temos que responder fazendo com que os capitalistas paguem pela crise!




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