Nessa quarta-feira, 15, os professores do município de Natal (RN) deliberaram a continuidade da greve iniciada no último dia 10 pelo reajuste do piso salarial da categoria, defasado desde 2019. Além disso, a greve denuncia a precariedade das escolas em meio ao retorno presencial imposto pela prefeitura de Álvaro Dias (PSDB) e exige melhores condições de ensino para a população.
quarta-feira 15 de dezembro de 2021 | Edição do dia
(Foto: Sinte/RN - 15/12/2021)
Na assembleia de hoje, que contou com um auditório lotado, 98% votou contra a proposta feita pela Prefeitura de pagar 6,42% de um reajuste retroativo ao ano de 2020, metade dos 12,84% a que a categoria tem direito, conforme lei municipal. Defenderam a implantação do reajuste de 12,84% em dezembro de 2021, com paridade para ativos e aposentados, e retroativos completos, dos anos de 2020 e 2021.
Além disso, a categoria cobra da Prefeitura condições de trabalho devido a falta biossegurança nas escolas e Centros Municipais de Educação (CMEIs), bem como infraestrutura nos prédios.
Segundo, Erlon Araújo, Diretor da Capital do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Público do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), "o retorno as aulas do ensino fundamental 1 e 2 , e educação infantil no município de Natal, ocorreram de forma precarizada. As estruturas físicas das escolas e CMEIS estão sucateados, apenas 40% tiveram condições de retornar ao formato presencial, além da demora na entrega de fardamento e do meio horário devido a ausência de merenda para todos os alunos comprometendo o aprendizado. Até hoje ainda existe CMEI funcionando de forma remota devido a precarização da estrutura física . Deveria ter sido feito um trabalho de mutirão para corrigir as estruturas físicas comprometidas dos prédios."
Chamamos o conjunto da população e em particular os demais sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda a se colocarem a serviço da vitória desta greve, que é uma luta também em defesa da educação, contra o reacionário prefeito Álvaro Dias, que deteriora as condições de trabalho e ensino dos professores e as escolas, enquanto impõe um retorno inseguro, com falta até mesmo de merenda para os alunos.
Nós do Esquerda Diário nos solidarizamos com a luta da categoria e nos colocamos a disposição de fortalecer essa luta, que se enfrenta contra o aumento do custo de vida e a precarização do trabalho produto dos ataques de Bolsonaro, Mourão, e da direita que Álvaro Dias representa. Uma luta que, assim como a greve do Detran-RN e da saúde do estado, são exemplo de como enfrentar esses ataques à vida da população e a precarização do trabalho, imposto inclusive pelo governo estadual de Fátima Bezerra (PT).
