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FEBRE AMARELA | Terceiro parque é fechado em SP devido a suspeita de febre amarela

Terceiro parque é fechado por suspeitas de febre amarela. Postos com vacina são poucos e com horário reduzido obrigando trabalhadores a escolherem entre tomar a vacina ou trabalhar. A maneira de combater a doença em pleno século XXI lembra o começo do século XX.

quarta-feira 25 de outubro de 2017 | Edição do dia

O Parque Anhanguera, na zona norte de São Paulo, foi fechado nesta terça-feira, 25, em prevenção contra a febre amarela. A medida foi tomada após um sagui ser achado morto na unidade. Resultados laboratoriais preliminares confirmam a doença no animal. A Prefeitura também anunciou nesta terça aumento do número de postos que oferecem vacina contra a febre. Grandes filas tem sido registadas em postos na Zona Norte de São Paulo, trabalhadores tem que se organizar para atrasar em seu trabalho para tomar a vacina.

Até esta terça, oito Unidades Básicas de Saúde (UBS) da zona norte tinham vacinação contra a doença. A partir desta quarta-feira, 25, hoje, outras 19 unidades da zona norte passarão a oferecer a imunização. A extensão do horário de funcionamento das unidades ainda está em estudo, ou seja o trabalhador que não conseguir com seu patrão para que atrase no trabalho não poderá tomar a vacina.

O Anhanguera, em Perus, é o maior parque municipal, com 9,5 milhões de m². Outros dois parques, estaduais, já foram fechados na semana passada. Um deles é o Horto, também na zona norte, onde também foram achados cinco macacos bugios mortos - para um deles, há confirmação da doença. O outro é o Cantareira, ao lado do Horto.

A Secretaria Municipal da Saúde informa que ainda falta o exame histoquímico para confirmar se o sagui do Anhanguera tinha o vírus. A pasta sugere a não visitação dos parques do Canivete, no extremo norte, e do Córrego do Bispo, na mesma região, ainda em obras.

A prevenção se limita a fechar locais e distribuir vacinas. Combatendo em 2017 essa doença de forma não muito diferente do que era feito em 1905, apesar dos avanços tecnológicos, mostrando a precaridade da medicina sob o capitalismo, especialmente no que tange a doenças tropicais que são menos lucrativas aos grandes laboratórios e monopólios.




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