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TERCERIZADAS USP | Terceirizadas da FOUSP paralisam suas atividades e barram demissões na USP

A paralisação das trabalhadoras da empresa INTERATIVA aconteceu durante uma reunião entre a empresa e a direção da Faculdade de Odontologia da USP para discutir a demissão de 6 trabalhadoras que trabalham no prédio da faculdade outras 14 que a empresa quer demitir.

terça-feira 26 de janeiro de 2021 | Edição do dia

A paralisação das trabalhadoras da empresa INTERATIVA aconteceu durante uma reunião entre a empresa e a direção da Faculdade de Odontologia da USP para discutir a demissão de 20 trabalhadoras da faculdade.

Antes da reunião acontecer, o encarregado da empresa INTERATIVA tentou intimidar as trabalhadoras para que 5 voltassem a trabalhar para garantir o atendimento da clínica odontológica, mas as trabalhadoras mantiveram a paralisação.

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Participaram da reunião o SIEMACO (Sindicato das trabalhadoras terceirizadas), o Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) e uma comissão das trabalhadoras. A reunião foi concluída com a reversão das demissões, com um posicionamento da faculdade contra as demissões e a garantia da empresa de que anularia a rescisão contratual, o aviso prévio, e reverter as demissões.

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Uma importante conquista da organização dessas trabalhadoras, em sua maioria mulheres negras, que a empresa e a burocracia acadêmica da USP queriam simplesmente descartar depois de terem trabalhado durante toda a pandemia, inclusive grupos de risco, e é assim que eram agradecidas.

A paralisação contou com um evento de solidariedade às trabalhadoras organizadas pelo SIEMACO junto ao SINTUSP e com apoio de estudantes do CAELL (Centro Acadêmico de Letras), CAPPF (Centro Acadêmico de Educação) e do CA da Oceanografia, assim como militantes da juventude Faísca. Eles se reuniram às 6h na frente do prédio da faculdade junto às terceirizadas e participaram da paralisação. Trabalhadoras que tinham seu emprego assegurado também participaram da ação. Uma profunda demonstração de unidade e solidariedade que permitiu com que essas trabalhadoras pudessem reverter as demissões.

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A empresa alega que seu contrato com a Secretaria de Educação do município terminaria em fevereiro e que não teria o que fazer com seus funcionários, cerca de 200, que trabalham em diversas escolas na capital. Pelo fato destes funcionários terem estabilidade até maio deste ano, por conta da MP 936, a empresa decidiu demitir trabalhadores de outros posto para realocar parte desses cerca 200 nesses locais, dentre estes, os 20 postos da USP.

Essa importante conquista mostra a força da unidade entre trabalhadores efetivos e terceirizados, e também estudantes, para lutar contra o avanço das demissões e da precarização do trabalho, que é parte do projeto desse regime golpista, que tem Bolsonaro como a sua face mais odiosa, mas também João Dória e todos os políticos do golpismo. Uma luta para que na USP se avance a batalha para arrancar a contratação de todas as terceirizadas sem concurso público como efetivos para que tenham todos os direitos de qualquer trabalhador da universidade e fortalecer a luta da universidade contra os ataques de Dória e Bolsonaro.

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