×

DÍVIDA E CRISE DA EDUCAÇÃO | Temer quer acabar com a pesquisa no país para continuar o roubo da dívida pública

Desde ontem a notícia divulgada pela CAPES de fim das bolsas de pós-graduação mobilizou as redes sociais, em especial nas universidades. O motivo para o imenso ataque promovido por Temer é bem claro: cortar o orçamento para garantir a continuidade do roubo do país através da dívida pública.

Marcello Pablito Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.

sexta-feira 3 de agosto de 2018 | Edição do dia

Foto: Beto Barata

A continuidade da pesquisa universitária está em risco no país. O motivo dos cortes é simples. Pagar a dívida. Este roubo do país.

A dívida pública suga imensos recursos da nação todo ano. Cerca de R$ 1 trilhão de reais vai parar nas mãos dos capitalistas por este caminho. Estes imensos recursos são gerados através de novas dívidas e por mil e um mecanismos que submetem todo o orçamento público e mesmo a economia nacional a ter como seu principal objetivo enriquecer esses banqueiros e usurpadores de uma dívida, ilegal, ilegítima e fraudulenta.

Todos governos atacam a saúde, a educação, e as aposentadorias para garantir esse roubo.

E ganhe quem ganhar as eleições este ano, teremos ano que vem a continuidade deste roubo e dos seus mecanismos de atacar a educação e nossos direitos.
Os golpistas aprovaram a PEC 55 que congela os gastos sociais por 20 anos, e esta emenda constitucional é um dos principais motivos para o atual ataque às bolsas e à CAPES. Mas este ataque à educação para garantir a dívida não começa nem termina aí.

Desde FHC existe uma lei, a Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina um limite para os gastos de todos níveis de governo, para sempre terem como prioridade pagar esta dívida completamente ilegal. Esta lei também determina cortes para gerar “superávit primário” para pagar o mesmíssimo roubo. Foram centenas de bilhões de reais que FHC, Lula, e Dilma foram cortando da educação, da saúde e outros direitos sociais para pagar esse roubo.

Fora isso outro dinheiro de saque do país, o das privatizações, da entrega dos vastos recursos do pré-sal vai todo – por lei – parar na dívida. A Shell ganha por um lado e depois ganham o Merryl Lynch, Citibank e Itaú, Bradesco, etc ganham com o mesmo negócio.

Em todos os 13 anos de governo do PT os banqueiros ganharam fortunas com vários mecanismos, mas especialmente com a dívida pública. Nos governos de Dilma e Lula a Lei de Responsabilidade Fiscal foi religiosamente seguida. Desde o começo do ano vários partidos de oposição (PT, PCdoB, PSB, PDT e até mesmo o PSOL) se uniram num manifesto, o manifesto “Unidade para Reconstruir o País”, que tem como um de seus princípios “responsabilidade fiscal”. Por isso que dizemos que ganhem ganhar teremos ataques a educação e nossas aposentadorias.

Não há futuro para a educação, para nossas aposentadorias, se não organizarmos a luta dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos negros.

Precisamos nas ruas fazer valer nossos direitos e impor às burocracias sindicais que organizem planos de luta e assembleias democráticas. A CUT, CTB e demais centrais sindicais, sejam elas ligadas ao PT ou ao golpismo, deixam passar todos esses ataques sem se mover, traindo greves gerais e lutas parciais. A UNE, dirigida pelo PCdoB, depois de aceitar todos os cortes no orçamento da educação feitos pela Dilma agora se pronuncia contra os cortes mais agressivos de Temer, exijamos assembleias e uma mobilização real para enfrentar esses ataques. Precisamos nos enfrentar com a paralisa imposta pelas direções sindicais e estudantis para conseguir organizar a força dos trabalhadores e da juventude para fazer frente aos ataques de Temer. Exigimos a garantia de todos os recursos para a pesquisa no país, não ao ataque da CAPES, e a revogação da PEC 55. Nesse marco, levantar uma grande campanha pelo não pagamento da dívida pública, como parte de atacar no país o problema que vem sugando nossos recursos públicos para pagar banqueiros e empresários e monopólios estrangeiros




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias