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MICHEL TEMER | Temer é salvo novamente após gastar R$12 bilhões comprando deputados

quarta-feira 25 de outubro de 2017 | Edição do dia

Com 251 votos favoráveis a Câmara rejeitou novamente a continuidade das investigações de Michel Temer, 233 deputados votaram pela continuidade da investigação. Junto a Temer arquivaram os processos de investigação contra os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Mesmo com 12 bilhões de reais gastos em emendas e diversas medidas, Temer conseguiu menos votos do que na primeira denúncia.

Apesar de os governistas terem levado oito horas para reunir o número mínimo de deputados para abrir a sessão, o resultado repete o desfecho da análise da primeira denúncia da Procuradoria-Geral da República, em agosto, que foi barrada por 263 votos a 227, ocorrendo 22 ausências ou abstenções.

Orientaram a favor de Temer PMDB, PP, Avante, PSD, PR, DEM, PTB, Pros, PSL, PRB, Solidariedade, PSC e PEN. Contra, PT, PSB, PDT, PC do B, Podemos, PPS, PHS, PSOL e Rede. O PSDB e alguns outros partidos liberaram o voto de seus deputados.

O arquivamento da denúncia contra Michel Temer foi comprado pelo golpista às custas da aprovação de diversos decretos, como a venda de aeroportos e flexibilização do trabalho escravo, convencendo àqueles deputados que ainda estivessem pressionados a votar favoravelmente à investigação a mudarem seus votos, inocentando-o.

Como na primeira votação, viu-se como o "Estado moderno é um balcão dos negócios comuns da classe burguesa", em que Temer esbanjou dinheiro público para safar-se. Desta vez a compra dos votos dos deputados de Temer saiu mais cara: estima-se que foram gastos R$ 12 bilhões com emendas e medidas. Nesta segunda votação, Michel Temer estava mais fragilizado do que na anterior, onde foram gastos R$ 3,1 bilhões.

Mesmo com todos os gastos de Temer para seguir impune, esta sessão foi marcada por mais ausências, sendo um total de 28 deputados que não compareceram ou se abstiveram, indicando que, ainda com todos os gastos, teve um pouco mais de dificuldade de reunir deputados para defendê-lo publicamente.

Apesar de impune, Temer segue sem o apoio popular e necessitando das mais variadas formas de reunir sua base para garantir seu cargo, como a liberação da venda de aeroportos e as mudanças nos critérios de trabalho escravo, por exemplo.

É preciso lembrar que esta votação se dá num marco "normal" graças ao papel de freio que cumpriram e seguem cumprindo as burocracias conservadores que dirigem os sindicatos de massas no país (em primeiro lugar a Força Sindical, mas também a CUT e a CTB), que se esforçam por isolar cada luta em curso, como a importante greve dos professores do RS - que se triunfa, poderia colocar em xeque o acordo do pagamento da dívida estadual de Sartori e Temer, com impactos em todos o país.

Para barrar os ataques do governo golpista de Temer, somente a mobilização dos trabalhadores (em primeiro lugar a solidariedade ativa à greve do RS), para retomar a greve geral e impor a revogação da reforma trabalhista e impedir a reforma da previdência.




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