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PRIVATIZAÇÃO | Temer e Parente querem destruir a Petrobras: 30 áreas de produção colocadas à venda

Na sexta-feira a Petrobras lançou aos acionistas um "comunicado relevante" colocando à venda 30 áreas de produção. A justificativa "técnica" que os entreguistas Temer e Parente dão a essa destruição da Petrobras e da produção nacional de petróleo é que essas áreas geram pouca produção e os recursos obtidos ajudariam a empresa. As justificativas não se sustentam o objetivo real é destruir a empresa estatal e atacar a capacidade do país extrair petróleo.

segunda-feira 31 de julho de 2017 | Edição do dia

O comunicado relevante publicado pela empresa de capital misto e controlada pela União cita 30 áreas de produção que estariam colocadas à venda a preço de banana. O comunicado cita as áreas Ceará Mar, Sergipe Mar, Rio Grande do Norte Mar, Pargo, Enchova, Pampo e Merluza.

Se acreditarmos no fato relevante da empresa controlada por Parente que tem como objetivo destruir a empresa faria sentido vender essas áreas pois elas produziriam somente 73mil barris de óleo equivalente por dia. Uma pequeníssima parcela da produção diária, no entanto esses campos tem uma importância vital à Petrobras e a produção nacional de petróleo.

Alguns desses campos foram dos primeiros campos a serem explorados no país, palco do desenvolvimento de tecnologias de exploração em alto-mar, mas sua importância é muito maior que isso. Se fossem tão irrelevantes seriam "vendáveis"?

Claro que não. Os campos do nordeste são de fácil escoamento para exportação aos EUA e Europa, e por outro lado, entregues a empresas imperialistas dificilmente abasteceriam as refinarias da região, e possivelmente haveria impacto no abastecimento ou ao menos no custo dos derivados na região. Ou possivelmente viriam associado da venda de polos de refino no Ceará e Rio Grande do Norte.

Já no Rio de Janeiro, ao colocar na bacia das almas os campos de Pargo, Enchova e Pampo, Temer e Parente entregariam não somente riquezas bilionárias no fundo do mar mas nós logísticos da Petrobras. Sem algumas das plataformas parte de toda logística da bacia de campos seria afetada, dentro de Enchova encontra-se a unidade PCE-1 que centraliza produção e controla um dos oleodutos submarinos que escoa parte da produção de toda bacia.

Já em São Paulo, o campo de Merluza é importante na produção de Gás Natural, e também é um filão que pretendem entregar ao imperialismo e assim afetar um outro flanco da produção de petróleo e derivados no país.

A destruição da capacidade de produção da Petrobras, o desmantelamento da logística existente nas plataformas acontece ao mesmo tempo que as refinarias estão sucateadas e com grave falta de pessoal gerando riscos e acidentes. A maioria dos sindicatos da categoria, dirigidos pela FUP-CUT tem atuado para divisão da categoria petroleira, organizando greves e mobilizações nas refinarias em torno da defesa do efetivo de cada uma e no dia de hoje uma mobilização na Bacia de Campos em torno da pauta da Bacia de Campos. Deste modo Temer e Parente agradecem. Sabem que constam com protestos que tem como único norte desgastar politicamente o governo mas não parar sua mão privatistas e entreguista.

Para derrotar Temer e Parente é necessário um plano de luta nacional, unificado, com assembleias reais e de base que preparem toda categoria para reverter as privatizações em curso e possam servir de base para superar a traição das centrais sindicais que abandonaram a luta contra as reformas de Temer em troca de seus planos eleitorais e por negociações para garantir o imposto sindical. É possível derrotar Temer e Parente na Petrobras e anular a reforma trabalhista. Precisamos de uma nova greve geral e um plano de lutas. Do contrário teremos junto a direitos trabalhistas do século XIX a destruição do patrimônio nacional.




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