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GREVE DOS PETROLEIROS | TST ataca greve petroleira pra ajudar Bolsonaro nas demissões e privatizações

Ministro do TST aprova multa de 500 mil para reprimir greve nacional dos petroleiros, mostrando que ao lado do Congresso e de Bolsonaro, estão dispostos a massacrar os direitos e a luta dos trabalhadores. É urgente cercar de apoio os petroleiros para que sigam enfrentando os ataques do governo e do Judiciário.

terça-feira 4 de fevereiro de 2020 | Edição do dia

O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Yves Gandra decidiu que os sindicatos dos empregados da Petrobras devem pagar R$ 500 mil de multa, se mantiverem a greve da categoria iniciada no último dia 10. A decisão também obriga que 90% do efetivo esteja trabalhando nas unidades da estatal.

Apesar do boicote das grande mídias, a greve segue avançando e muitos trabalhadores de diferentes plataformas tem realizado assembleia para adesão à greve e paralisações.

O cerco da mídia a greve tem como intuito justamente ocultar o nível de arbitrariedades cometidas pelo governo e o judiciário para reprimir e criminalizar os trabalhadores e lutadores. Assim como, já havia sido com o absurdo cárcere privado a que trabalhadores foram submetidos, vemos agora uma decisão da justiça do trabalho que fere completamente o direito a greve, com a exigência de 90% do efetivo trabalhando e a afirmação de que não há justificativa para a greve.

Uma das reivindicações centrais dos petroleiros é que suspendam as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), prevista para começar no dia 14 e que deve afetar mais de mil famílias.

Veja também: 10 motivos para apoiar a greve dos petroleiros contra as demissões e privatizações

Trabalhadores da Regap em Betim-MG fazem piquete contra demissões e privatização da Petrobras

Gandra divulgou nesta terça-feira, 4, sua decisão, divulgada pela Petrobras, na qual estipula multa de R$ 500 mil para os sindicatos. Outra multa, de R$ 250 mil, seria referente a sindicatos de porte menor, não especificados no documento.

Veja também: Para a greve dos petroleiros vencer é urgente que a CUT mude sua orientação imediatamente

Não é a primeira vez que Gandra atua contra os trabalhadores, reforçando o projeto político de ataque aos direitos dos trabalhadores para entregar tudo nas mãos dos capitalistas. Durante o acordo coletivo da Petrobras, Gandra fez uma série de intervenções com multas milionárias contra os sindicatos, medidas tão reacionárias que chegaram a ser revistas pelo próprio STF (ainda que este não possa de maneira alguma ser visto como defensor dos direitos trabalhistas).

Os petroleiros precisam e podem vencer a tentativa do Bolsonaro, da Bovespa, de Ives Gandra, do Judiciário, de colocar mais pessoas nas ruas e avançar com a privatização, mas para isso é necessário que a CUT mude sua orientação. Ao invés de elogiarem a FIESP, como seu presidente fez recentemente, é necessário que convoquem ações de apoio de toda a sociedade, se apoiando no sentimento de repúdio popular às privatizações e ao desemprego para massificarem a greve. É possível fazer a greve dos petroleiros avançar, e a serviço dessa batalha colocamos toda a cobertura do Esquerda Diário para confluir com os trabalhadores que buscam batalhar contra o avança da agenda privatista e de ataques do governo Bolsonaro e do Judiciário.

Todo apoio a luta dos petroleiros!




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