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PORTA DOS FUNDOS | Suspeito do ataque ao Porta dos fundos está foragido e recebe apoio de grupo integralista

Eduardo Fauzi, único suspeito identificado de estar envolvido no ataque a produtora Porta dos Fundos, no dia 24 de dezembro, embarcou para Moscou na tarde do dia 29 de dezembro,com escala em Paris, um dia antes do seu mandado de prisão ter sido expedido pela polícia Civil do Rio.

sexta-feira 3 de janeiro de 2020 | Edição do dia

O ataque a produtora Porta dos Fundos ocorreu no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro, na madrugada a véspera de Natal. O ato ocorreu após a exibição do especial de Natal feito pela produtora e exibido pela Netflix, onde Jesus é
representado como homossexual. O ataque teve autoria assumida por um Grupo Integralista que publicou na internet um vídeo e imagens de seus feitos. Eduardo Fauzi seria o motorista do carro que foi usado ação.

Nessa semana (1), Eduardo, que já responde a processos por ameaça, agressão contra mulher, lesão corporal e formação de quadrilha e extorsão, postou um vídeo no Youtube dentro de uma casa, chamando os integrantes do Porta dos fundos de “criminosos, marginais e bandidos”, no dia anterior Eduardo teria dito a amigos que estava e Florianópolis.

Eduardo embarcou no vôo com passagem de retorno ao Brasil dia 29 de janeiro, o Itamaraty informou que o pedido de extradição será solicitado pelo Ministério da Justiça, tendo em vista que Brasil e Rússia possuem um acordo de extradição vigente desde 2007.

O grupo integralista se solidarizou com Eduardo Fauzi com uma nota de repúdio contra a expulsão do mesmo da Accale (Associação Cívica e Cultural Arcy Lopes Estrella), grupo de extrema direita ligado ao movimento neointegralista brasileiro por ter expulsado Fauzi do grupo após o seu envolvimento no atentado.

“Os heróis do justiçamento ao Porta dos Fundos devem ser reconhecidos, pois demonstraram coragem onde muitos se acovardaram, demonstraram força onde muitos se desfaleceram , demonstraram dignidade onde muitos a perderam por concordar com o Porta através do silêncio e omissão. Portanto quem está contra nossos Guerreiros está a favor do Porta dos Fundos, da corrupção, da imoralidade, da falta de respeito, da falência da Família, da morte espiritual e da Indiferença entre os irmãos Brasileiros. Logo é uma obrigação apoiar quem está do nosso lado.”

Em frente a esse ataque Bolsonaro e Moro se calaram, isso demonstra a sua política reacionária de conivência com ataques a direitos elementares como a liberdade de expressão, assim como a lei anticrimes, que na realidade aprofundam o racismo do judiciário e do Estado, assim como os ataque a educação e as universidade para colocar seu viés ideológico. Da mesma maneira, o silêncio de Crivella que vetou o Queermuseu, e Witzel que após o silêncio se pronunciou contra o atentado e afirmou que "repudia toda forma de violência ou intolerância", justamente o governo que vibra diante do assassinato de jovens negros da periferia, que fala que o objetivo de sua polícia deve ser mirar e "atirar na cabecinha", o governo que quebra a placa com nome de Marielle Franco.

É necessário que haja uma investigação independente deste ataque, que deve ser energicamente repudiado, assim como o combate à extrema direita que deve ser feito a partir da organização dos trabalhadores e da juventude desde seus locais de trabalho e estudo para enfrentar cada um dos ataques ideologicos e econômicos em curso, tomando como exemplo a luta dos franceses que lutam contra os ataques de Macron.




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