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LAVA-JATO | Supremo Tribunal autoriza depoimento de Lula como "informante"

sábado 3 de outubro de 2015 | 00:00

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a colher depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "informante" nas investigações do esquema de corrupção na Petrobras. O pedido para ouvir o ex-presidente foi feito pela PF e teve parecer favorável por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Lula será ouvido no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal e investiga 39 pessoas por suposta construção de um esquema para distribuição dos recursos ilícitos a políticos de ao menos três partidos: PP, PMDB e PT. Zavascki autorizou os depoimentos dos demais nomes apontados pela Polícia Federal e endossados pelo parecer da PGR (Procuradoria Geral da República), entre eles o dos ex-ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência, governo Dilma Rousseff), Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais, governo Dilma) e José Dirceu (Casa Civil, governo Lula).

Ao recomendar que Zavascki atendesse o pedido da polícia, Janot destacou que o ex-presidente e as novas testemunhas não são investigados. De acordo com o procurador-geral, até o momento não há o que "justifique" a ampliação da lista de investigados perante o Supremo.

No despacho em que autoriza os depoimentos, Zavascki reforça que PF e PGR concordaram quanto à necessidade de colher os depoimentos, que "não ostentam condição de investigados". "No caso, as manifestações dessas autoridades são coincidentes no sentido de que as pessoas a serem ouvidas em diligências complementares não ostentam a condição de investigadas, mas, segundo se depreende do requerimento da autoridade policial, a condição de informantes", escreveu o ministro.

Novamente, intenções por trás da convocação

A movimentação para que Lula, a principal e mais forte figura do PT, e que está buscando mais espaço de influência no governo Dilma ( veja aqui matéria sobre a Reforma ministerial de Dilma que abre mais espaço para Lula), que poderia cumprir um papel decisivo na saída da crise para o partido, pode ser parte de uma nova ofensiva para sangrar e fragilizar ainda mais o governo e suas figuras partidárias às vistas das eleições de 2018.

Mesmo com esta tentativa da oposição burguesa de reforçar uma "sangria" política de Lula, o que setores dos empresários e o capital internacional, não cansam de afirmar, é um clamor pela estabilidade política no país para aprofundar o pacote de ajustes contra os trabalhadores e a população pobre, na medida em que a economia brasileira mostra cada vez mais fortemente sinais de sua deterioração.

Esquerda Diário/Agência Estado.




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