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SONDA JUNO | Sonda Juno entra na órbita de Júpiter após cinco anos de viagem

Ontem, terça-feira (05), a espaçonave Juno foi a segunda da história à adentrar a órbita do planeta Júpiter.

quarta-feira 6 de julho de 2016 | Edição do dia

O processo de entrada em órbita é bastante complexo e delicado e tomou cerca de 35 minutos. Diferentemente da primeira espaçonave a orbitar o planeta – chamada de “Galileu”, que tinha como objetivo estudar algumas das luas do planeta – a Juno tem como objetivo estudar a superfície e o núcleo do planeta. E neste estudo, realizado em um local nunca antes visto de tão perto (menos de 5 mil quilômetros da superfície), podem ser encontradas “marcas” da formação planetária, que por sua vez podem ajudar a entender e contribuir na compreensão científica de como se formou todo o sistema solar.

A tecnologia envolvida na espaçonave funcionou perfeitamente bem no procedimento de entrada na orbita jupiteriana. Este procedimento é bastante complexo, pois o ângulo de entrada e a velocidade devem ser precisos; a velocidade foi reduzida bruscamente para menos de 2 mil quilômetros por hora e o procedimento para estabilização da nave foi elevado de 2 para 5 giros por minuto. Isso tudo após “rodar” mais de 2,8 bilhões de quilômetros pelo espaço. O que é bastante impressionante.

Durante o procedimento foi preciso desligar todos os equipamentos científicos, para evitar danos em sensores e computadores que a nave carrega. Apenas após um sinal sonoro alertando que houve sucesso nos procedimentos - enviado pela nave às 0h53 desta terça-feira – os equipamentos foram reiniciados para serem recalibrados e estarem prontos para o uso.

Se estima que o processo para captura de imagens e informações físico-químicas do planeta apresentará os primeiros resultados aproximadamente em 27 de agosto. A fase de coleta de dados científicos começa oficialmente em outubro.

É possível encontrar mais informações no site (em Inglês) “Eyes on Juno” e no site de missões da Nasa.

O avanço nas tecnologias de captação de imagens em altíssima resolução e no desenvolvimento de sensores vem apontando uma possibilidade de acompanhemento em tempo real - “online” - dos dados e imagens coletadas pelas espaçonave, assim como a divulgação de uma série de imagens e modelos computadorizados das missões realizadas.

A missão Juno faz parte desta uma nova era de missões de explorações planetárias com veículos não tripulados, como já ocorre também na missão do “jipe” Curiosity que explora a superfície de Marte.

Acompanhe a coleta de dados e mais notícias sobre a missão no Esquerda Diário

No entanto, apesar das possibilidades de popularização através da internet, os trabalhadores e a população encontram obstáculos para terem suas próprias opiniões sobre o que significam científicamente estas missões, e também quais avanços e contradições estas oferecem para a sociedade e para a humanidade. Pois não é de interesse de governos burgueses como o dos Estados Unidos que os trabalhadores tenham este conhecimento.

Com a intenção de contribuir para que os trabalhadores se apropriem destes importantes conhecimentos, avanços e contradições no campo da ciência, e também para que o coloquem a serviço dos interesses da sociedade - como sempre opinaram que deveria ser feito físicos como Albert Einstein e Stephen Hawking - o Esquerda Diário começará uma série de artigos cobrindo com mais detalhes estas missões de exploração espacial, sempre utilizando as informações e modelos computadorizados fornecidos pelas agências como a Nasa e os governos burgueses, mas buscando traduzir para o português, ter uma linguagem simples e relacionar estas informações com os interesses dos trabalhadores e do povo.

Este objetivo, apesar dos esforços que já fazem tantos cientistas e educadores, não é fácil, pois não é de interesse dos governos e políticos dos ricos, e suas agências, que a ciência seja um bem comum. Reacionários como o racista e homofóbico Marco Feliciano preferem o obscurantismo, a ignorância e o preconceito, como com o projeto do mesmo de substituir o ensino da ciência pelo do “criacionismo religioso”. Por isso convidamos jovens da ciência que buscam se colocar ao lados dos trabalhadores e do povo a contribuirem também com este desafio e encontrarem no Esquerda Diário um campo de batalha pela ciência.




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