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Tragédia capitalista | Sobe para 13 o número de mortos em Franco da Rocha (SP) por conta dos desabamentos

Já são 13 vidas perdidas pelo descaso dos governos que submetem milhares de pessoas a viverem em situações precárias de moradia, em sua grande maioria trabalhadoras e trabalhadores precários, subempregados e desempregados. É necessária uma reforma urbana radical que enfrente a especulação imobiliária e realize um grande plano de obras públicas para garantir moradia para todos aqueles que precisem!

quinta-feira 3 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Foto: Reprodução

Foram localizados mais dois corpos em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (03/02) após os deslizamentos e desabamentos provocados pelas chuvas do último domingo (30/01). Já são 29 o número de mortos em todo o estado. Em Franco da Rocha, agora são 13. Cinco pessoas seguem desaparecidas. A Defesa Civil informou que 5.548 famílias estão desabrigadas ou desalojadas no estado.

Foram interditadas 62 casas próximas ao local dos deslizamento e os moradores aos poucos vão retirando o que a enxurrada não levou.

A Prefeitura de Franco da Rocha disse que deve pagar o auxílio aluguel no valor de R$ 400 a partir da próxima semana, um valor irrisório frente à necessidade de todas as famílias atingidas viverem numa condição digna em uma moradia.

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Longe de serem resultado de “causas naturais”, esses deslizamentos, soterramentos de casas e inundações são fenômenos previsíveis frente a sazonalidade do período de chuvas. Mas graças à falta de investimentos em infraestrutura e habitação para a população mais pobre e precária, resultam todos os anos em mortes, desaparecidos e desabrigados.

Essas mortes poderiam e deveriam ser evitadas. Elas estão nas mãos sujas de lama e sangue do governador João Dória (PSDB) e da prefeitura, que submetem a população a habitações precárias e em situação de risco, fruto da exploração e da especulação imobiliária, do desemprego e da miséria cotidiana.

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É necessária uma reforma urbana radical que traga condições dignas de moradia e reestruture as comunidades mais pobres vitimadas pela chuva, enchentes e deslizamentos! É urgente um plano de obras públicas, controlado pelos trabalhadores e pelas associações de bairros, que garanta essa reforma gerando emprego e renda para as famílias. Isso só será possível enfrentando a especulação imobiliária, os burgueses proprietários dessas áreas que só servem para aumentar seus lucros e os políticos como governador e prefeito que são garantidores dessa situação miserável.

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