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USP | Sintusp denuncia cortes e demissões de terceirizados da USP em meio à pandemia

O Sintusp, Sindicato dos Trabalhadores da USP, denunciou em sua página no facebook que a reitoria da USP se prepara para demissões em massa de terceirizados.

segunda-feira 25 de maio de 2020 | Edição do dia

De acordo com as informações fornecidas por ativistas da categoria, em diversas unidades da USP houve corte de 25% dos valores dos contratos com as empresas terceirizadas. Essas empresas já passaram a reduzir os salários das trabalhadoras da limpeza e controladores da acesso, além de impor férias coletivas aos trabalhadores.

Mais uma vez a reitoria da USP escancara sua lógica elitista e privatista ao descarregar nas costas dos trabalhadores mais precários os custos dessa crise econômica e sanitária. Mas não bastasse essa situação, os trabalhadores terceirizados que continuam trabalhando, como a segurança e a higienização do hospital, sofrem com a falta de EPIs adequados e a não liberação do grupo de risco. No último mês morreram 2 trabalhadores da vigilância, ambos maiores de 60 anos, que foram mantidos trabalhando pela empresa Albatroz e pela USP e se contaminaram com o novo coronavírus.

Com esse corte, a USP se prepara para demissões em massa de trabalhadores terceirizados e faz isso enquanto segue com a progressão da carreira dos docentes, algo também denunciado pelo Sintusp. Ou seja, além de aumentar o foço entre as categorias, a USP faz cortes que vão custar o salários de milhares de famílias no meio de uma pandemia que já custa a esses trabalhadores suas próprias vidas.

E para os dirigentes da universidade os trabalhadores são apenas números, postos de serviços/atendimento ou metros quadrados de limpeza. É a desumanização completa daqueles que trabalham e sustentam a universidade.

Não podemos aceitar demissões de trabalhadores terceirizados, nem cortes ou redução de salários. Que todos os trabalhadores terceirizados que não fazem parte dos serviços essenciais sejam liberados sem nenhum prejuízo salarial, que os trabalhadores do grupo de risco tenham licenças remuneradas. Pela efetivação imediata de todos os trabalhadores terceirizados sem a necessidade de concurso.

As nossas vidas valem mais que o lucro deles!

Reproduzimos abaixo a publicação do Sintusp:

|USP COMEÇA DEMISSÃO EM MASSA DE TERCEIRIZADOS!

Chegou ao conhecimento do sindicato que a reitoria vem realizando profundos cortes nos contratos terceirizados, o que já tem levado à demissão e redução de salário de diversos trabalhadores e trabalhadoras da limpeza e da vigilância em toda a universidade. Isso acontece justamente no momento mais crítico da pandemia no país,
afetando as condições de vida do grupo mais vulnerável da universidade, com os salários mais baixos e com menos possibilidade de realocação no mercado de trabalho.

Chama a atenção que isso esteja ocorrendo ao mesmo tempo em que a reitoria divulga o edital para a progressão da carreira dos docentes. Essa situação condensa diversos absurdos que são normalizados na universidade. O uso da terceirização para poder tratar trabalhadores como peças descartáveis, a diferença de tratamento entre as categorias e a completa falta de democracia com relação às decisões talvez sejam os principais deles.

E assim a reitoria da USP dá sua contribuição para a catástrofe social que ronda o Brasil atualmente, jogando no desemprego ou cortando os já baixos salários de inúmeras pessoas, da noite para o dia. A pandemia escancara a insensibilidade de burocratas como os que temos à frente da universidade. Para eles, os trabalhadores são apenas números em uma planilha que podem ser cortados sempre que for necessário para manter seus privilégios.

NENHUMA DEMISSÃO!

DIREITOS IGUAIS ENTRE EFETIVOS E TERCEIRIZADOS!

CHEGA DE TERCEIRIZAÇÃO! EFETIVAÇÃO DE TODOS OS TRABALHADORES DA UNIVERSIDADE!




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