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RETORNO ÀS AULAS EM SP | Sem ouvir comunidade escolar, secretário da educação de SP quer retorno das aulas ainda esse ano

Na última segunda-feira, 23, o secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, declarou à CNN que é contrário ao adiamento da reabertura das escolas para 2021, isso em um momento em que o governo estadual já prorrogou o retorno das aulas para outubro devido ao avanço de covid-19 no estado.

terça-feira 25 de agosto de 2020 | Edição do dia

Rossieli afirmou que é a favor de avaliar o retorno das aulas a cada semana e que a volta de um dia de aula já faria diferença, isso em uma cenário onde a projeção de mortos por covid-19 no estado de São Paulo até o final de agosto é de mais de 30 mil. O secretário falou ainda sobre planos de unir as notas do ano letivo de 2020 e 2021 para aprovação dos alunos no final de 2021.

Dória, que se colocava como oposição racional a política negacionista de Bolsonaro, quer avançar com a reabertura das escolas, em meio a pandemia que não retrocedeu no estado de São Paulo, sem consultar a comunidades escolar e atendendo os empresários da educação. Junto com Rossieli, defendem a reabertura das escolas públicas, enfatizado que haverá a higienização das mesmas, mas sabemos que nem em períodos normais as escolas possuem ao menos sabonetes nos banheiros.

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Usando do discurso demagógico, Rossieli ainda falou sobre o papel insubstituível da escola na saúde mental dos estudantes, entretanto, durante a pandemia não garantiu medidas básicas para a vidas dos estudantes, nem se quer a reconversão do valor das merendas para a alimentação dos estudantes, além de aplicar ataques aos trabalhadores da comunidade escolar, com o não pagamento dos salários de 35 mil professores temporários e a suspensão dos contratos dos funcionários terceirizados da merenda e da limpeza.

Para que o retorno às aulas seja realmente efetivo deve ser a partir da decisão da comunidade escolar conjuntamente aos trabalhadores da saúde que estão na linha de frente ao combate do coronavírus. Não podemos deixar que o governador normalize a pandemia colocando a vida de professores, funcionários da escola, alunos e familiares em risco. É fundamental a organização dos trabalhadores e da Oposição da APEOESP impor a ala majoritária do sindicato, dirigida pelo PT, uma luta contra volta às aula irracional, defendendo o pagamento imediato do salário dos 35 mil professores categoria e a proibição das demissões.




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