×

EDUCAÇÃO | Sem merenda em diversas escolas, o ano letivo começa no Estado de São Paulo

Em inúmeras escolas da rede estadual de São Paulo, as aulas começaram sem merenda para os alunos. Essa situação é fruto da privatização do trabalho das merendeiras, com empresas contratadas através de licitação com verba do Governo do Estado e administrada pelas Diretorias de Ensino de cada região.

quinta-feira 6 de fevereiro de 2020 | Edição do dia

No fim do ano passado, diversas empresas tiveram o contrato encerrado e até agora não foram abertas novas licitações. Em Santo André o caso é gritante, são diversas escolas sem merenda, mesmo com alimento para que a comida seja preparada, não tem funcionários para cozinhar. Em algumas escolas diretoras e professores estão fazendo a comida, em outras os alunos comem merenda seca, ou seja, bolacha água e sal e se tiverem sorte um copo de leite. Mas em muitas nada é servido e os alunos assistem às aulas com fome.

Professores de diversas escolas de Santo André denunciaram a falta de merenda, entre elas estão EE Profª Clotilde Peluso, EE Antonio Adib Chamas, EE Profª Ondina Rivieira Miranda Cintra, EE João Baptista, EE Clothilde M. Zanei, EE Nelson Pizzotti, EE Profº Celestino Bourroul, EE Professor Edevaldo Perassi, EE Inácia Teruko, EE Joaquim Carvalho Terra, E.E. Professor Waldomiro Guimarães, EE Dr Generoso Alves de Siqueira e EE José Carlos Antunes.

Até agora não existe prazo para regularizar essa situação. Como é sabido, as empresas terceirizadas exploram os trabalhadores com contratos precários de trabalho, abrem processo de falência e dão calote, atrasam salários. O governo de São Paulo há muitos anos não faz concurso público para merendeiras, esse trabalho ficou nas mãos de cooperativas e empresas que pagam uma miséria sem nenhum direito trabalhista. Por isso, é preciso que as merendeiras sejam incorporadas no quadro efetivo da escola, sem necessidade de concurso público.

Além disso, a escola pública, que atende crianças e adolescentes pobres tem a obrigação de fornecer o alimento necessário para que todos os alunos possam estar saudáveis e aptos para a vida escolar. Muitos alunos vão para a escola sem comer nada e esperam a merenda para garantir ao menos uma refeição diária. Agora, com a jornada de trabalho ampliada, os estudantes permanecem na escola por mais de 5 horas e é absurdo que tenham que ficar sem comer.
Dória que se orgulha da reestruturação da Rede Pública é perito em atacar a merenda das crianças, basta lembrar de sua política de carimbar a mãozinha de pequenos alunos das escolas municipais quando ainda era prefeito, para controlar a quantidade de merenda que cada um comia.

É inaceitável a precarização imposta por esse governo às escolas públicas de São Paulo. Mande sua denúncia para o Esquerda Diário, contando do que se passa em sua escola. É preciso nos organizar em cada escola para impedir o avanço desse projeto de precarização, privatista e conservador.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias