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Segurança no Trabalho | Sem capa de proteção, luvas ou assistência de saúde, Paes e Comlurb põem Garis em risco

Com a proximidade das festas de fim de ano, a Comlurb intensifica seu assédio moral contra os trabalhadores, forçando-os a se colocar em situações de risco.

quarta-feira 8 de dezembro de 2021 | Edição do dia

Imagem: Prefeitura do Rio de Janeiro

O final do ano está aí, e o prefeito Eduardo Paes e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) nada tem feito para prevenir acidentes. para que não ocorram novas tragédias com os seus trabalhadores, como ocorreu ainda este ano com a gari Irenilce, que caiu no fosso de um elevador na Cidade das Artes depois de ter sido desviada de função, ou como o Gari Alcenir, da empresa Clin, que foi eletrocutado enquanto trabalhava, e que segue no hospital.

Ao contrário, com a proximidade das festas de fim de ano, a Comlurb intensifica seu assédio moral contra os trabalhadores, forçando-os a se colocar em situações de risco. Caso o trabalhador se recuse a trabalhar sem os devidos Equipamentos de Proteção Individual, muitas vezes os encarregados da empresa ameaçam com suspensão, exigindo produtividade e ameaçando deixar o trabalhador de fora da "caixinha de natal". E o trabalhador da Comlurb, que está convivendo com a inflação do governo Bolsonaro, com o mesmo salário desde 2019, sente isso tudo no bolso.

O resultado é o gari ter que levar a sua própria capa de chuva ou ter de comprar as suas próprias luvas, quando a empresa não os fornece. Ou então, muitas vezes, um caminhão de coleta sai para a rua com menos garis na traseira do que a quantidade exigida pelas normas de segurança e ergonomia (quantidade máxima de esforço que o trabalhador pode fazer).

Não bastando isso, Eduardo Paes e a Comlurb ainda usaram os garis de bucha de canhão na troca do plano de saúde. Ao tirar a Assim, empresa do plano de saúde anterior que é investigada pelo MP, colocaram uma empresa que não dá conta de atender os garis, a Klini. Isso tudo para economizar no gasto com a saúde de seus funcionários, em plena pandemia.

Enquanto isso, Eduardo Paes e Pedro Paulo se gabam de ter economizado - cortando dos trabalhadores - anunciando previsão de arrecadação da prefeitura superou R$ 2 bilhões do que estava previsto. Dinheiro tem, mas não querem dar para o trabalhador.

Quando os Garis foram protestar contra isso, além disso, demitiu os trabalhadores Bruno da Rosa e André Balbina, por pura perseguição política da empresa. Demitiram para continuar realizando seu assédio moral contra os trabalhadores. Os dois trabalhadores estão fazendo uma campanha financeira para se manter, enquanto tentam reverter estas demissões arbitrárias:

As perseguições políticas e o assédio moral só podem ser combatidos com a unidade da categoria para lutar. O sindicato deveria estar organizando assembleias da categoria e lutando pela reposição daquilo que foi perdido, assim como defendendo a categoria contra estes assédios, perseguições e demissões. Isso só pode ser conseguido através da mobilização dos trabalhadores.




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