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CPI DA COVID | Sem Bolsonaro, 14 nomes se tornam investigados pela CPI

Renan Calheiros, relator da CPI, alegou que é preciso verificar se está ou não nas prerrogativas da comissão investigar o presidente. Uma mostra dos limites da CPI e sua estratégia de desgaste.

sexta-feira 18 de junho de 2021 | Edição do dia

Nesta sexta-feira, Renan anunciou 14 pessoas como investigadas pela CPI, a maioria delas ligadas a Bolsonaro, incluindo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como também os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). A lista poderá aumentar, disse o relator, e passar a incluir o próprio presidente da República. A CPI avalia que não pode convocar Bolsonaro para depor, mas, sim, estuda enviar perguntas por escrito em algum momento. De qualquer forma, o relator afirmou que a investigação deve responsabilizar o chefe do Planalto.

"Não podendo investigar, mas, em aparecendo, como tem aparecido, fatos óbvios, a CPI vai ter que responsabilizar porque diante de provas não há como não responsabilizar. Seria um não cumprimento do nosso papel. Mas, se puder investigar, se a competência nos permitir, nós vamos investigar, sim", disse o relator em coletiva de imprensa no Senado.

A fala de Renan expõe os limites dessa estratégia da CPI que nunca teve como objetivo destituir Bolsonaro, apenas controlar os ritmos do desgaste do presidente e livrar a cara de parte do regime que também foi corresponsável pela nefasta gestão da crise sanitária. Dessa forma, a CPI oferce algumas cabeças à prêmio enquanto preserva o conjunto do regime.

RELAÇÃO DE INVESTIGADOS:

Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde
Élcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência
Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
Paolo Zanoto, virologista, suspeito de fazer parte do gabinete paralelo
Hélio Angotti, secretário de Ciência, Tecn., Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde
Francielle Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI)
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
Carlos Wizard, empresário
Arthur Weintraub, ex-assessor da presidência da República
Nise Yamaguchi, médica defensora da hidroxicloroquina
Marcellus Campelo, secretário de Saúde do Amazonas
Luciano Dias Azevedo, médico que redigiu proposta de mudança da bula da hidroxicloroquina​
Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores​

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