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Catar 2022 | Seguranças de parque no Catar recebem cerca de R$ 2 por hora extra trabalhada

Segundo denúncia do jornal The Guardian, seguranças de um parque em Doha trabalham 12 horas por dia, com apenas uma folga por mês, e recebem apenas R$ 2,15 por cada hora extra.

domingo 20 de novembro de 2022 | Edição do dia

Foto: Pete Pattisson

O jornal inglês entrevistou trabalhadores imigrantes que atuam na segurança do Parque Al Bidda, em Doha, que fica ao lado do Fifa Fan Fest da cidade, onde torcedores irão se juntar para assistir aos jogos da Copa do Mundo.

Os trabalhadores da empresa Al Nasr Star relataram que trabalham 12 horas por dia, tendo apenas um dia de folga por mês. Eles trabalham 348 horas por mês, recebendo um salário de 1330 rials (cerca de R$ 1966). Isto inclui 104 horas extras, pelas quais eles recebem 150 rials (R$ 221,79), o que significa um pagamento de cerca de R$ 5,07 por hora, mais R$ 2,15 por hora extra.

Os imigrantes ficam alojados em campos nos arredores da cidade. A reportagem relatou quartos pequenos com 4 camas, sem armários para os trabalhadores, além de duas cozinhas sujas e banheiros fedorentos. Um trabalhador relatou que espera chegar ao trabalho para usar o banheiro, tal é a sujeira do banheiro dos alojamentos.

Os trabalhadores relatam ainda que não recebem pausas de 2 horas por dia, como a empresa alega, e que pagaram taxas de recrutamento ilegais em seus países de origem, em valores que variavam de 1175 libras (cerca de R$ 7500) até 1650 libras (cerca de R$ 10500).

Estes são apenas mais alguns relatos, que se juntam aos inúmeros outros que aparecem diariamente, sobre as terríveis condições de trabalho daqueles que irão garantir a Copa do Mundo do Catar, que já mataram mais de 6 mil trabalhadores imigrantes neste processo.

Por cima da exploração destes trabalhadores, a FIFA projeta que terá receitas de cerca de US$ 4,7 bilhões (cerca de R$ 25,3 bilhões).




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