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Ataque ao salário mínimo | Se plano Guedes vigorasse há 10 anos, hoje o salário mínimo seria de R$505, segundo DIEESE

"Fizemos algumas projeções da correção pela expectativa de inflação e não pelo índice de inflação consumado, desde 2002, e, se o plano Bolso-Guedes viesse a ser implementado lá em 2002 o salário mínimo atualmente seria de cerca de R$505, menos da metade do que é.", disse Douglas Ferreira, técnico do Dieese, em entrevista ao jornalista Vinicius Lousada, da Confederação Nacional do Ramo Químico.

terça-feira 25 de outubro de 2022 | Edição do dia

Paulo Guedes, apesar de negar e ser protegido por decisão do TSE autoritário proíbe postagens sobre ataque de Bolsonaro a salários e aposentadorias, anunciou sim que se Bolsonaro vencer o segundo turno, irá propor uma PEC que veta o reajuste do salário mínimo e benefícios previdenciários conforme os índices da inflação. Uma medida assim, significaria na prática arrochar os salários e aposentadorias, já corroídos por todas as reformas contra os trabalhadores de seu governo, e agravar ainda mais a situação de fome e miséria da população. Se preocupam com com o teto de gastos para destinar mais recursos aos banqueiros, já o recuo em negar a declaração, é puro eleitoralismo que não se sustenta caso continuem governando.

Leia mais: Governo Bolsonaro vai propor salário mínimo de 1.302 para 2023, abaixo do aumento real

É um escândalo frente ao aumento da fome da população pela inflação, que atinge sobretudo os itens da cesta básica, que se propõe a descarregar a crise ainda mais nas costas da população, em nome da “meta fiscal” com os grandes bancos. Assim como a proposta de Carteira de Trabalho Verde Amarela, a Reforma Administrativa de Arthur Lira (PP), mostram que quando falam em liberdade, significa liberdade para os empresários lucrarem ainda mais em cima da retirada de direitos dos trabalhadores, além da precarização ainda maior dos servidores, como professores e a enfermagem.

Entenda: TSE autoritário proíbe postagens sobre ataque de Bolsonaro a salários e aposentadorias

As centrais sindicais CUT, CTB, assim como a UNE, entidades nacionais dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, precisam urgentemente romper sua trégua com os ataques e organizar um plano de lutas para unificar a nossa classe. A história nos mostra que a aliança com os nossos inimigos da direita, como insistem o PT e toda a antiga oposição que hoje se arrasta atras da chapa Lula/Alckmin, ao invés de representarem uma resistência na luta dos trabalhadores por direitos, é um falso atalho que não leva ao destino desejado. O caminho realista é o da luta de classes, com a organização política independente dos trabalhadores junto às mulheres, negros LGBTQIAP+ com os métodos históricos de greves e manifestações e suas bandeiras fundamentais, que hoje começam pela revogação integral das reformas de Temer, Bolsonaro e todos os golpistas, coisa que a política da conciliação de Lula já não se comprometeu.




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