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CRISE NA UERJ | Se os terceirizados trabalham de graça e os estudantes não tem como estudar, então a UERJ precisa parar!!!

Carolina CacauProfessora da Rede Estadual no RJ e do Nossa Classe

sexta-feira 15 de maio de 2015 | 14:08

Na noite do dia 13/05, mais de 300 estudantes da UERJ fizeram um trancaço no hall dos elevadores num ato histórico em defesa dos funcionários terceirizados, exigindo da Reitoria o imediato pagamento dos salários atrasados.

Os trabalhadores e trabalhadoras terceirizados (dos elevadores, da limpeza, da manutenção, entre outros setores) da Universidade, estão pagando pela crise da UERJ criada pelo descaso de Vieralves e Pezão. Os atrasos entre os funcionários variam de 2 à 5 meses. Os estudantes protestaram também contra a crise estrutural que atrasa bolsas e mantém a universidade cada dia mais precária.

Do trancaço nos elevadores os estudantes saíram em ato e ocuparam a Radial Oeste. A enorme participação dos estudantes mostra a força que pode ter o movimento estudantil da UERJ na luta contra a crise. A REItoria naturaliza os ataques, naturaliza a precarização e a crise na educação e na UERJ. Naturaliza, porque seus super salários e os privilégios do REItor e seus aliados não atrasam, estes estão garantidos. A crise da UERJ atinge todos os setores, mas não atravessa os vidros blindados da REItoria.

A crise na UERJ se agrava cada dia mais e a situação esta insustentável. As tarefas colocadas para os estudantes da UERJ estão para além de responder a cada salário e bolsas atrasados. É preciso dar uma resposta à altura do problema. A crise da UERJ precisa ser discutida de maneira profunda pelos estudantes. Devemos convocar assembleias nos cursos e assembleia geral para discutir e organizar as forças para enfrentar e derrotar os ataques do Reitor, do Governo do Pezão e do governo da Dilma, para que a crise dos capitalistas não se traduza ainda mais em precarização e no desmonte da educação pública.

As vaias ao Diretório Central dos Estudantes são aviso claro à quem hoje atua como freio a luta dos estudantes. O DCE da UERJ dirigido há mais de 3 anos pelo PT (que governa com Pezão, com Paes e aprova MP’s que atacam os direitos dos trabalhadores) e PCdoB é o primeiro empecilho à luta e organização democrática dos estudantes. A tarefa do DCE seria neste momento organizar a mobilização, mas no ato de ontem mandou apenas 2 representante e até agora não deu nenhum sinal de que vai convocar assembléia na base.

É necessário reerguer o movimento estudantil sobre bases democráticas que nos permitam organizar com força as ações para enfrentar os governos. Os CA’s precisam tomar para si a necessidade de coordenar um plano de ações efetivas, que massifiquem as lutas. Um plano em defesa da universidade. Este plano não é só tarefa dos CA’s da UERJ. Precisamos que outras entidades como DCE, ASDUERJ e SINTUPERJ se tornem entidades ativas no processo de luta contra os ataques. Precisamos construir um movimento unificado de estudantes trabalhadores (e terceirizados) e professores.

Nós da Juventude às Ruas achamos que o primeiro passo para enfrentar essa crise é a abertura do livro de contas da UERJ. Se os trabalhadores terceirizados não recebem, e as bolsas atrasam, então não tem condições para a universidade continuar funcionando assim!!! Se os terceirizados trabalham de graça e os estudantes não tem como estudar, então a UERJ precisa parar!!!

Chamamos todas e todos os estudantes da UERJ para assembleia geral dos estudantes no hall do 9 andar, na terça-feira 19/05 às 17:30h para discutir as próximas ações!.




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