Trabalhadoras terceirizadas da limpeza de escolas municipais de Campinas hoje (09/02) se organizaram para realizar um ato em frente à prefeitura, reivindicando o pagamento de seus salários atrasados. Esta situação reflete a realidade de muitos trabalhadores terceirizados, deixados a precarização e falta de direitos.
quarta-feira 9 de fevereiro de 2022 | Edição do dia
Elas estão na linha de frente prezando o funcionamento das escolas mesmo no período de pandemia, e a empresa Especialy, contratada pela prefeitura, deu um calote e não pagou seus salários e benefícios, como Vale Refeição, Vale Transporte e Vale Alimentação. Deixando essas trabalhadoras (além de superexploradas, e com salários menores do que dos trabalhadores efetivos), lidando com essa situação de instabilidade em pleno momento de crise. Esse atraso está quase completando uma semana. Uma semana desesperadora para quem, em sua maioria, sustenta uma família e filhos.
Uma das terceirizadas, na greve afirmou que “se a empresa não pagar, a prefeitura tem que assumir”, e isto destaca a clareza das manifestantes sobre os verdadeiros responsáveis. O trabalho terceirizado só beneficia as empresas e a prefeitura. Neste ano de 2022 Campinas vai gastar R$55 milhões com serviço terceirizado de segurança, valor 12% mais caro que o contrato anterior. A prefeitura de Dário é responsável! Ela tem, não apenas mantido a precarização do trabalho, mas sim intensificado ela, com contratos milionários cada vez maiores.
Nós do Esquerda Diário prestamos solidariedade à greve das terceirizadas que, diante deste absurdo, cantam palavras de ordem em frente à prefeitura. Também destacamos mais uma vez a clara necessidade de efetivação dos trabalhadores terceirizados sem necessidade de concurso, pois como observado, já mostram competência em suas funções.
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