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CORDA NO PESCOÇO DO RS | STF dá ultimato ao RS sobre dívida com União, que rouba bilhões dos cofres públicos

sexta-feira 27 de outubro de 2017 | Edição do dia

Em agosto o STF proferiu uma liminar impedindo que a União deixasse de repassar verbas ao RS por falta de pagamento da dívida do estado com o governo federal.

Contudo, a Advocacia Geral da União, que representa a presidência, entrou com recurso, e o STF decidiu rever a decisão. Agora, Marco Aurélio de Mello, ministro do STF que cuida do caso, deu um prazo de 15 dias para que o governo de pronuncie.

A dívida do estado é a principal chantagem que o governo Temer vem utilizando contra o estado para impor as condições absurdas do chamado Plano de Recuperação Fiscal, que na verdade é a forma que Sartori e Temer encontraram de tentar impor que sejam os trabalhadores e o povo que paguem pelos custos da crise.

São bilhões que são pagos para o buraco sem fundo da dívida pública, que não faz mais do que enriquecer banqueiros e especuladores, os grandes parasitas do capitalismo, às custas do dinheiro que é retirado da saúde, educação, moradia, transporte e salários.

Mas, para os governos, o fundamental é manter isso em dia. Como "acordo" com os estados em crise - RS, RJ e MG - o plano de recuperação fiscal prevê a suspensão temporária do pagamento dessa dívida - por três anos - (e note que o termo "suspensão" quer dizer que a dívida continua lá, não tendo um centavo sequer diminuída) e "em troca" os governos desses estados fazem ataques duríssimos a servidores e à população em geral.

A privatização do Banrisul, da CEE, da Sulgás, da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Badesul e a parte do Estado no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), todas estão na mira dos governos, que aproveitam a "oportunidade" para rifar o patrimônio público para os capitalistas.

Ou seja, eles só saem ganhando: continuam recebendo o pagamento da dívida, atacam nossos direitos, compram nosso patrimônio. O STF, como está se mostrando agora, está do lado dos capitalistas tanto quanto estão Temer e Sartori. A única saída para nós é o aprofundamento das greves e de sua unidade para impor o fim do pagamento da dívida pública e retomar o caminho das greves contra os ataques de Temer também.

Veja também: "A esquerda precisa acordar para a dívida pública", entrevista com M. Lúcia Fattorelli

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