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De mãos dadas com o executivo | STF arquiva pedidos para investigar Guedes e Campos Neto no escândalo do paraíso fiscal

O ministro do STF, Dias Toffoli, arquivou 2 pedidos para a abertura de investigação contra Paulo Guedes e Roberto Campos Neto. Ambos foram citados na lista dos bilionários políticos que possuem Offshores em paraísos fiscais, na série de reportagens Pandora Papers.

sábado 9 de outubro de 2021 | Edição do dia

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro do STF, Dias Toffoli, arquivou 2 pedidos para a abertura de investigação contra o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ambos foram citados na lista dos bilionários políticos que possuem Offshores em paraísos fiscais, na série de reportagens Pandora Papers.

Confira aqui o ED Comenta sobre o Pandora Papers

Os pedidos foram feitos pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede) e por um grupo de entidades liderado pela Abed (Associação Brasileira de Economistas pela Democracia), e solicitavam que o STF pedisse à PGR (Procuradoria Geral da República) a abertura de investigação do caso.

As offshores são empresas em paraísos fiscais, inclusive em países com pouca transparência e fiscalização, abertas por grandes empresários para economizar o pagamento de impostos e proteger seus ativos contra o risco político e confiscos. Também podem ocultar patrimônio e dinheiro sujo que advém de organizações criminosas.

Veja tabém:

Dos 1897 nomes investigados nas reportagens, o Brasil é o quinto com a maior quantidade de pessoas citadas. Além de Guedes e Campos Neto, estão nessa lista nomes como dos irmãos Parrillos (os donos da Prevent Senior, que forçou o experimento do tratamento precoce e sacrificou vidas em nome do lucro que enchem suas offshores); Flávio Rocha (dono do grupo Guarapes e da varejista Riachuelo); e a família Menin (donos da MRV, Banco Inter e da CNN Brasil, acusados diversas vezes de trabalho análogo a escravidão e cujos trabalhadores entraram em greve por melhores condições de trabalho na empresa que abrem empresas em paraísos fiscais com ativos milionários).

Saiba mais:

Em pedidos similares, os Ministros do STF costumam encaminhar esse tipo de representação para o PGR, diferente do que fez Toffoli, decidindo pelo arquivamento dos pedidos.

É mais uma das milhares de demonstrações de como as instituições do capitalismo andam lado a lado. Podem ter atritos, mas sempre vão possuir dois pontos de contato: atacam os trabalhadores como se não houvesse amanhã e se ajudam mutuamente em esconder a podridão de corrupção que carregam nas costas.




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