Borba Gato, bandeirante racista e escravocrata não sairá de onde está, porém para mitigar a polêmica gerada pela prisão do líder dos entregadores antifascistas, Paulo Galo Lima, conhecido como Galo de Luta, e temendo o movimento negro, a prefeitura de SP resolveu que irá construir estátuas de personalidades negras como se o problema fosse a representatividade por estátuas e não o racismo estrutural do estado capitalista.
terça-feira 17 de agosto de 2021 | Edição do dia
Imagem: print de tela/divulgação SPTV
As homenagens serão para a escritora Carolina Maria de Jesus, ao músico Geraldo Filme, ao atleta olímpico Adhemar Ferreira da Silva, à sambista Deolinda Madre (madrinha Eunice) e ao cantor Itamar Assumpção. Todas personalidades importantíssimas da história de São Paulo e do Brasil, mas cujas estátuas não serão erguidas pela luta do povo negro e trabalhador, mas pelas mãos do mesmo estado racista que ergueu Borba Gato. Pura hipocrisia, e, no fundo medo de que o movimento negro se levante como ocorreu em diversos locais do mundo após o assassinato pelas mãos da polícia de George Floyd nos Estados Unidos em 2020.
A representatividade negra, seja por estátuas, seja por garantir alguns negros e negras “no topo” não serve para resolver os problemas do racismo e das estatísticas de quem mais sofre com os postos de trabalho mais precários, com o desemprego, com o encarceramento, com a polícia e a justiça racista do estado burguês. É preciso dizer-lhes: tirem as mãos dos nossos heróis e heroínas da história! Se alguém tem que erguer essas estátuas é o povo negro organizado com a juventude e o conjunto da classe trabalhadora mas não antes de derrubar cada racista, petrificado ou não, desse regime podre.
