Estado de São Paulo, governado por João Dória(PSDB), voltou à ter aumento no número de contaminados por COVID-19. Estado teve uma irrisória queda no número de internados e de óbitos, mas segue com números altos e há possibilidade do Estado sofrer uma terceira onda, além de que o governador quer flexibilizar as medidas de contenção da pandemia, mantendo os transportes lotados de trabalhadores e vários serviços não essenciais funcionando, para garantir os lucros capitalistas.
quarta-feira 5 de maio de 2021 | Edição do dia
FOTO: Sérgio Lima/Poder360
Estado governado por João Dória volta ao triste crescimento na média diária de novos casos de Covid-19. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que o número diário de novos casos subiu para 12.887 na última semana, aumento de 2,5% em relação à semana anterior. Há duas semanas atrás, o número diário de novos casos era de 12.573. Esse número de casos pode até ser maior, se considerarmos os casos que não foram notificados.
Além disso, ainda que tenha ocorrido uma estabilização em 2.239 internações diárias, esse número só significa uma ínfima queda de 0,2% de internações. O número de óbitos também diminuiram: enquanto que na 15ª semana de 2021 havia uma média diária de 813 mortos, agora, na 17ª semana há uma média de 628 mortos. Mas esta redução representa uma queda também ínfima de apenas 1,3% de óbitos, e este número médio diário de óbitos atual também é bastante alto.
Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Mesmo com estes números alarmantes, com o número de contaminados crescendo à cada dia, e que apontam para a possibilidade do estado entrar em uma terceira onda da pandemia, o governador João Dória, cinicamente, afirmou em coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (05) que haveria "boas notícias" quanto aos indicadores da pandemia.
"Eu devo dizer baseado nas informações do Centro de Contingência que estamos otimistas com relação à evolução do processo. Evolução positiva do plano SP, migrando talvez para uma fase menos restritiva, mas só teremos a confirmação definitiva de fato na sexta-feira", declarou o governador, na coletiva.
Dória, que demagogicamente se coloca como “oposição racional” ao negacionista Bolsonaro, também quer flexibilizar as medidas de contenção da pandemia, ao mesmo tempo que não garante medidas fundamentais para que haja uma quarentena racional, tais como os testes massivos, a proibição das demissões, o auxílio emergencial de ao menos um salário mínimo,a contratação de mais profissionais da saúde, a vacinação de toda a população, entre outras medidas. Os transportes lotados e a tentativa de imposição da volta às aulas presenciais são alguns dos exemplos da catástrofe do governo Dória.
