O presidente da Câmara dos deputados disse que o filho do presidente suspeito de ilegalidades ligadas a Fabrício Queiroz e milicianos é o “mais tranquilo” dos filhos do presidente.
quinta-feira 19 de dezembro de 2019 | Edição do dia
Segundo Rodrigo Maia, em suas declarações públicas a respeito do caso de “rachadinha” das verbas parlamentares envolvendo Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, o caso não deverá ser usado para enfraquecer o governo. Frente à ofensiva do Ministério Público pela primeira vez para investigar os crimes de lavagem de dinheiro e peculato envolvendo o senador e filho do presidente, a postura do presidente da Câmara foi de botar panos quentes e zelar pela “honra” do acusado.
"Se dá muita publicidade a isso, está no início da investigação. Está se criminalizando a pessoa (Flávio) sem dar o direito a defesa. Algumas coisas muito exageradas", afirmou Maia nesta quinta-feira, 19, durante café da manhã com jornalistas na residência oficial da presidência da Câmara. Ele disse não ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto.
Para Maia, a investigação sobre o filho do presidente não deve ser usada por parlamentares para atingir o governo. "Se for intenção de parte do Parlamento de enfraquecer o governo vai ser nas matérias que serão votadas, com derrotas ou derrubando vetos, mas entrar nessa seara da família do presidente para desgastar o governo, acho que não tem espaço na Câmara nem no Senado", disse o presidente da Câmara.
Maia ainda elogiou o filho "01" de Bolsonaro, dizendo ser o "mais tranquilo" dos filhos políticos do presidente. "O Flávio tem muito respeito no Parlamento. Dos três irmãos, é o mais tranquilo, sempre teve um bom diálogo", comparou Maia, em referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e ao vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC).
Assim, frente a esse escandaloso caso, vemos que o parlamentar do DEM está disposto a colocar seu “prestígio” de articulador da reforma da previdência que atacou nossas aposentadorias em defesa da família Bolsonaro. O sujo e o mal lavado dão as mãos para preservar os abusos contra os trabalhadores e o povo.
