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PANDEMIA | Rio terá toque de recolher que aumenta repressão e mantem lucros do comércio e indústrias

Segundo a Secretaria estadual de Comunicação, o prefeito Eduardo Paes e o governador querem impor regras mais duras conforme dito em reunião ontem (quarta, dia 3). Entre elas está o teque de recolher entre 23h e 5h que significa justificar e intensificar mais ainda a repressão contra os mais podres, trabalhadores. São medidas irracionais pois muitos seguem tendo que buscar emprego nos transportes lotados e ao mesmo tempo não existe contrapartida do governo com algum tipo de auxílio.

quinta-feira 4 de março de 2021 | Edição do dia

Foto: Philippe Lima/GovRio

O absurdo toque de recolher que proibido permanecer em espaços públicos seguindo os passos de Doria e a restrição ineficaz de horário para bares e restaurantes poderem abrir entre 6h até 17h são medidas para tentar conter o avanço da Covid-19 no município, afirma a prefeitura do Rio, a previsão de colocar em vigor é já na sexta (5 de março).

O comércio, as indústrias, call centers, seguirão abertos normalmente, sem garantia de EPIs na maioria dos casos, com ônibus e balsas lotadas, ou seja, mantendo a classe trabalhadora correndo todos os riscos da pandemia enquanto os patrões seguem em home office e com leitos de UTI reservados para seus parentes.

Além de deram aval para polícia e guarda reprimirem e perseguirem trabalhadores, moradores da periferia mais ainda, essas medidas são totalmente ineficazes em um cenário onde as pessoas têm que seguir no no caos no transporte, com BRTs aburdamente lotados. Com muitas funções de trabalho não essencial seguindo, a população precisa sair para trabalhar e grande parte não tem direito ao isolamento social.

As novas regras serão publicadas em um decreto municipal. Essas imposições pelos prefeitos e governadores escancaram como os níveis de contágio desesperadores hoje no Brasil são de responsabilidade desses "gestores" que tomam medidas arcaicas e repressivas sem uma saída a população, especialmente mais podres, trabalhadores, desempregados. O drama na vida das família é maior ainda com a falta de renda, tendo um auxílio baixíssimo e insuficiente para viver dignamente e sem previsão de aumentar o valor.




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