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PUC-SP | Resgatar a ideia de revolução social em tempos de golpe! Quinta 10/05 na PUC-SP

Golpe institucional, prisão arbitrária de Lula, assassinato de Marielle, atentados armados... O comunismo está mais longe do que nunca. Será? Assim como vários países, o Brasil atravessa aquilo que Gramsci definia como “crise orgânica”, uma crise geral que é simultaneamente política, econômica e social. Uma crise do Estado capitalista em seu conjunto, isto é, da autoridade, da hegemonia da classe capitalista enquanto dirigente da nação, representante dos interesses soberanos de todo o povo, crise esta que acontece quando a burguesia fracassa em um grande empreendimento.

quarta-feira 2 de maio de 2018 | Edição do dia

A falência do neoliberalismo, o “elixir da vida eterna” que a burguesia acreditava ter enfim encontrado quando da restauração do capitalismo nos ex-Estados operários do Leste Europeu e na China, combinou-se com o esgotamento do gradualismo lulista que supostamente transformaria o Brasil em uma potência na qual capitalistas e trabalhadores, todos ganham juntos. A crise econômica mundial que já atingiu seu décimo ano, a Primavera Árabe e as revoltas juvenis em todo o mundo, como Occupy e Indignados, as jornadas de julho de 2013 no Brasil, as greves selvagens como garis do RJ e rodoviários do RS no primeiro semestre de 2014, as ocupações secundaristas em 2015 e 2016, além da greve geral de 28 de abril de 2017, a maior entrada em cena da classe trabalhadora brasileira desde o fim da ditadura... Todos esses acontecimentos puseram um fim definitivo àquela ideologia triunfalista do “fim da história”.

Enquanto o velho não termina de morrer e o novo não termina de nascer, surgem novas formas de pensar e de sentir, e as ideias até então marginalizadas de revolução e, inclusive, de comunismo abrem seu caminho pouco a pouco em direção às amplas massas de trabalhadores e jovens 200 anos depois do nascimento de Karl Marx. E se a direita tenta nos desmoralizar, nos intimidar, nos amedrontar e aterrorizar, ajudada pelas burocracias sindicais que imobilizam os batalhões da nossa classe que concentram os volumes de força necessários para derrota-la, é porque sabe que tem pés de barro e é ela própria quem tem medo de que a ideia da revolução social retorne à consciência do sujeito proletário, aquele que não tem nada a perder além de seus grilhões e que não pode levantar-se a não ser fazendo voar pelos ares toda a sociedade burguesa.

É por isso que, como parte da iniciativa do grupo de estudos A atualidade do Comunismo no bicentenário de Karl Marx, o grupo de mulheres Pão e Rosas, o Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) e o Esquerda Diário convidam todas e todos para a mesa Resgatar a ideia de revolução social em tempos de golpe, com Antônio Rago Filho, professor da pós-graduação em História da PUC-SP, e Iuri Tonelo, doutorando em Sociologia pela Unicamp, autor do livro A crise capitalista e suas formas e editor do Esquerda Diário. Quinta-feira, 10/05, às 18h, na PUC-SP.

PARTICIPE TAMBÉM DO GRUPO DE ESTUDOS:

Próxima sessão (15/05): Estado e Revolução




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