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Reprovação de governo Bolsonaro supera sua aprovação de acordo com pesquisa

Dados do Datafolha corroboram pesquisas anteriores mostrando a queda de popularidade do governo.

segunda-feira 2 de setembro de 2019 | Edição do dia

Bolsonaro, nos oito primeiros meses é presidente o mais desaprovado dos últimos quatro governos. A porcentagem de pessoas que acha ruim/péssimo (38%) ultrapassou a de quem considera ótimo/bom (29%). Os dados são da Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (2) pelo jornal "Folha de S.Paulo".

A pesquisa mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo do reacionário Jair Bolsonaro do PSL:

Ótimo/bom: 29%

Regular: 30%

Ruim/péssimo: 38%

Não sabe/não respondeu: 2%

Essa pesquisa corrobora o que vem sem sendo apontado em outras pesquisas recentes. Em comparação com pesquisas anteriores, a desaprovação do governo Bolsonaro cresce, em Abril era 30% que achavam o governo ruim/péssimo enquanto mais tarde em julho esse número era de 33%.

Em relação à expectativa com o futuro do governo, 45% esperam que Bolsonaro faça uma gestão ótima ou boa. Em julho, eram 51%, e em abril, 59%. Outros 32% acreditam que o presidente fará uma administração ruim ou péssima, contra 24% em julho, e 23% em abril.

O Datafolha também perguntou se Bolsonaro fez mais, menos ou o que deveria pelo país. Os resultados foram os seguintes:

Fez pelo país mais do que esperava: 11% (eram 12% em julho, e 13% em abril)

Fez pelo país o que esperava que ele fizesse: 21% (eram 22% em julho, 22% em abril)

Fez pelo país menos do que esperava: 62% (eram 61% em julho, e 61% em abril)

E levantou, ainda, se os entrevistados acreditam que o presidente age ou não como deveria. Veja os percentuais:

Age como presidente deveria: 15% (eram 22% em julho, e 27% em abril)

Na maioria das ocasiões age como deveria: 27% (eram 28% em julho, e 27% em abril)

Em algumas ocasiões age como deveria: 23% (eram 21% em julho, e 20% em abril)

Em nenhuma ocasião age como deveria: 32% (eram 25% em julho e 23% em abril)

Nessa pesquisa, é a primeira vez que a desaprovação do governo supera a taxa de aprovação por um valor signficativo. Eleito com um discurso contra a "velha política" e a "corrupção", Bolsonaro tem passado por sucessivos desgastes desde o início de seu mandato. Além de declarações machistas, racistas, LGBTfóbicas, xenofóbicas ou simplesmente rídiculas (tal qual "fazer cocô dia sim dia não, o governo enfrentou desde escândalos de corrupção e envolvimentos com milícia envolvendo seus filhos e membros do seu partido como Gustavo Bebianno, até a recente crise da Amazônia. Soma-se a isso os fatos que todos os ataques aos trabalhadores que foram prometidos como panaceia para economia não estão surtindo efeito. Além disso, figuras que mantinham popularidade no governo, como Moro, foram desgastados pela #VazaJato.

Apesar da queda da popularidade de Bolsonaro ser uma das mais rapidas dentre os presidentes da Nova República, ele não apenas continua no poder como continua implementados seus ataques, como a Reforma da Previdência, os cortes da educação e o Future-se. Os principais partidos da oposição, PT e PCdoB, no início do ano faziam uma oposição meramente parlamentar e preconizavam que Bolsonaro iria cair sozinho, "vítima de suas próprias contradições". Quando o movimento estudantil se pôs em ação no dia 15 de maio, passaram a uma pelítica de traição pela via das centrais Sindicais CUT e CTB (dirigidas por PT e PCdoB respectivamente) e da UNE (dirigida pelo PCdoB), que fizeram de tudo para separar as lutas dos estudantes dos trabalhadores e autoorganização pela base. Fazer o balanço e tirar as lições desse processo é essencial para nos organizarmos para os embates que virão contra esse governo cada vez mais impopular!




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