Durante transmissão ao vivo pela CNN o repórter Omar Jimenez, negro, foi algemado e levado por policiais. A polícia de Trump claramente orientada para capturar pessoas negras, em ato de racismo evidente, prende o jornalista sem maiores explicações. A madrugada desta sexta-feira (29) foi de muitas manifestações ferozes pedindo justiça a George Floyd, brutalmente assassinado por policiais que permanecem impunes. O ódio da população se justifica por anos de racismo por parte do Estado, que sob o comando de Trump se intensificou.
sexta-feira 29 de maio de 2020 | Edição do dia
O jornalista Omar Jimenez insiste em se indentificar, mostrando suas credenciais, mas os policiais o algemam ao vivo. O operador de câmera e o produtor também foram detidos logo em seguida, mas a câmera continua filmando. O fato de Jimenez ser negro tem tudo a ver com sua detenção. Outros jornalistas brancos cobriam os acontecimentos nesta manhã próximos de agentes policiais e não foram detidos, como se pode assistir neste link do canal NBC News.
O movimento Black Lives Matter (vidas negras importam, em livre tradução) grita agora em várias cidades dos EUA junto com Jorge Floyd “NÃO CONSIGO RESPIRAR”, últimas palavras de Floyd. A força do povo negro e anti-racista nas ruas de Mineápolis Minnesota se levantou de forma espontânea pedindo justiça, pois mesmo tendo assassinado George Floyd diante das câmeras por supostamente ter tentado passar uma nota falsa de 20 dólares, os policiais não forma presos, foram apenas afastados e a polícia diz que investiga o caso. Não há o que investigar, o mundo todo viu como Jorge Floyd morreu sob o joelho de um policial.
A luta dos negros e anti-racistas norte americanos demonstra como uma luta contra a exploração e opressão racista do estado capitalista é possível. É um grande exemplo para o Brasil que recentemente perdeu João Pedro, João Vitor, Rodrigo Cerqueira, Juan Oliveira e tantos outros pelas mãos do aparato repressivo do Estado no RJ. O capitalismo não se sustenta sem opressão racista e machista. É preciso que essa luta transcenda o espontaneísmo e se organize em unidade com os trabalhadores, movimento de mulheres e juventude. Vidas negras importam!