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LUTA PELA EDUCAÇÃO | Reitoria da Unicamp se diz inegociável, estudantes respondem com mais luta!

Na última terça-feira (30) ocorreu a assembleia geral dos estudantes da Unicamp, em que foi pautada a última reunião de negociação com a reitoria, o documento enviado aos alunos e os rumos do movimento. Envolvendo falas bastante dispostas a continuar na luta, reitoria seguirá ocupada e a mobilização só cresce!

quarta-feira 1º de junho de 2016 | Edição do dia

Em documento enviado pela reitoria na última reunião de negociação, a Unicamp deixa claro que não está disposta a ceder nada aos alunos. Com relação às cotas consta no documento que a universidade encaminhará a discussão para o CONSU (conselho universitário), sem deixar claro um compromisso de implementação das cotas. Da mesma forma, não se compromete com a ampliação da moradia e se diz inegociável com relação à revogação do corte de 40 milhões do orçamento.

Diante da intransigência da reitoria, que em 4 reuniões de negociação demonstrou que não cederá a nenhuma pauta estudantil, os estudantes responderam que o movimento continua e a saída agora é massificar e radicalizar às ações estudantis para conquistar apoio midiático e da população, bem como voltar às bases dos cursos chamando cada estudante para compor essa luta.

E nesse sentido, tanto o comando geral da Unicamp, mas principalmente o comando estadual se mostram com um papel fundamental para articular e unificar as lutas das estaduais paulistas. Se nosso inimigo está unificado, tendo os três reitores das estaduais paulistas, o Alckmin e todo seu aparelho repressivo, os milhares de estudantes dessas universidades se mostram dispostos a se unir com os secundaristas e criar uma luta nacional contra os ataques à educação de todos os governos e à repressão.

Para isso, precisamos combater inclusive o corporativismo muitas vezes alimentado pela própria gestão do DCE da Unicamp, um sentimento que enxerga a luta de cada universidade de forma isolada, que se guia apenas por pautas específicas e expressam um derrotismo para o movimento. As lutas das estaduais se inserem em uma luta maior que vem desde o ano passado com o secundaristas que já mostraram ser capazes derrotar o governo Alckmin quando se unificam e ocupam 200 escolas.

Para combater isso, medidas como o 3J que acontecerá nessa sexta-feira são fundamentais. Estudantes de Campinas fecharão umas das principais rodovias da cidade, com bandeiras por cotas e pelo fim do vestibular, para mostrar à população que fecham a rodovia para abrir a universidade. Ações como essa estão sendo articuladas em vários locais do país, como no sul, em RJ, em MG, além de boa parte do Estado de São Paulo. O que configura um dia nacional de luta pela educação que vai fazer até mesmo o governo golpista do Temer ficar com medo de cortar da educação.

A burocracias estudantis como a UNE já mostraram que não estão dispostas a radicalizar e massificar as lutas, justamente por que querem manter as lutas estudantis passivas até as eleições de 2018 em que o PT teria uma chance de assumir. Apesar de se dizer contra o golpe, não coloca toda a força que tem nas universidades para lutar contra o governo do Temer golpista, com medidas que unifiquem a luta pela educação e canalize toda essa força contra o o governo.

Estudantes de vários países já mostraram que a partir da luta pela educação é possível criar uma luta que questione todos os tipos de miséria da vida. A luta das estaduais paulistas pode ser essa faísca, colocando na parede não só os reitores das estaduais e o Alckmin, mas também colocando abaixo o governo golpista do Temer. Impondo pela luta uma Assembleia Constituinte, diferente da de 88 pactuada com os torturadores da ditadura, que debate todos os temas da vida como saúde, educação e política. E coloque todos esses estudantes em luta, bem como os trabalhadores como sujeitos políticos da vida.




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