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USP | Reitoria da USP quer privatizar bandejão da Física

Reproduzimos aqui a nota do Sindicato de Trabalhadores da USP (SINTUSP) sobre esse ataque da reitoria.

segunda-feira 25 de novembro de 2019 | Edição do dia

Nota de repúdio a terceirização do bandejão da Física

Nesta sexta-feira a tarde soubemos que a reitoria lançou um edital para terceirizar mais um restaurante universitário, o restaurante da física, onde hoje trabalham cerca de 30 funcionários, entre efetivos e terceirizados. O pregão deve acontecer no dia 5 de dezembro, às vésperas do recesso de final de ano. A reitoria, sob o comando de Vahan Agopyan, aproveita o esvaziamento da universidade para lançar mais um ataque aos trabalhadores. Ela diz defender a universidade, porém descarrega sobre os trabalhadores ataques profundos aumentando a precarização do trabalho.

Na maior universidade do país são milhares de trabalhadores terceirizados, em sua maioria mulheres negras, que além de receberem baixíssimos salários, estarem sujeitos a contratos precários, com constante atrasos de pagamento, assédios de todo tipo, sobrecarga de trabalho e adoecimento, não podem usar o busp e não tem direito à creche. Os trabalhadores terceirizados dos bandejões central e da física, que trabalham na sala de louça, não podem sequer comer a comida que é produzida na cozinha industrial, de onde saem milhares de refeições e que descarta quilos de comida ao final de cada período.

Toda essa situação de brutal precarização se soma ao projeto de universidade da reitoria, que desde 2014 congelou contratações de funcionários efetivos e tem avançado na terceirização e precarização da universidade. Em toda universidade sentimos na carne a precarização. Nos bandejões o nível de adoecimento físico, com mais da metade dos trabalhadores com alguma restrição de movimento, chegou a níveis inaceitáveis. Além do adoecimento mental, uma verdadeira epidemia na universidade
causada pela sobrecarga de trabalho e pelo assédio moral constantes. Com os parâmetros de sustentabilidade, aprovados em 2017, sob o sangue dos trabalhadores e estudantes, acelerou o processo de desmonte da universidade elevando a sobrecarga de trabalho e o adoecimento. Ou seja, a reitoria explora os trabalhadores ao limite de suas forças, para assim terceirizar e fechar postos de trabalho.

Nosso sindicato esteve na luta lado a lado dos trabalhadores terceirizados nas greves que denunciavam o não pagamento de direitos e demissões, denunciou a situação dos trabalhadores terceirizados das salas de louça e defende a efetivação de todos os terceirizados sem a necessidade de concurso público. Diante de mais esse ataque nos colocamos ao lado dos trabalhadores e de toda a comunidade da USP para denunciar o avanço da precarização e privatização na universidade.

O avanço da terceirização é parte de implementar uma lógica privatista de universidade. Por isso, nesse momento de profundos ataques aos trabalhadores e à educação é fundamental a mais profunda unidade entre estudantes, funcionários efetivos e terceirizados e professores.

Não à terceirização do bandejão da física! Pela efetivação de todos os trabalhadores terceirizados!

Abertura imediata de concurso público para que não haja mais sobrecarga de trabalho e adoecimento!




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