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USP | Reitoria da USP coloca em risco a vida dos trabalhadores da Saúde com mais de 60 anos

Diante da crise do Coronavírus a Coordenadoria de Administração Geral da USP (CODAGE), através de comunicado divulgado para os dirigentes da universidade, determinou novas diretrizes a serem aplicadas a partir de 23/03/2020. Entres os pontos tratados está a liberação dos trabalhadores maiores de 60 anos, destacado os trabalhadores da saúde, com diretrizes especiais que colocam em risco sua saúde.

quarta-feira 18 de março de 2020 | Edição do dia

No comunicado divulgado ontem, 17 de março, o reitor da USP, Vahan Agopyan, determina:
(...)
II. Enquadramento para atividades em domicílio

1. Deverão permanecer em seu domicílio, colaborando à distância (teletrabalho), mas podendo ser convocados a qualquer momento: a) Servidor com 60 anos de idade ou mais
OBSERVAÇÃO: Nos órgãos de Serviços de Saúde, como os Hospitais, Centros de Saúde, Serviços de Verificação de Óbitos e demais Serviços de assistência à saúde, os servidores com 60 anos de idade ou mais poderão ser acionados para atividade presencial à critério da Chefia imediata. (Grifo nosso)
(...)

O comunicado não fala em contratações emergenciais.

Veja o conteúdo completo do comunicado aqui:

Sobre isso, Babi Della Torre, trabalhadora do Hospital Universitário e representante dos funcionários no Conselho Universitário da USP (CO) afirmou:

“A postura do reitor Vahan Agopyam é criminosa, pois coloca em risco a vida dos trabalhadores do hospital com mais de 60 anos. Sem contar que para os demais trabalhadores a suposta solução apresentada pela reitoria só valerá a partir do dia 23 de março! Precisa ser já!

Com o agravamento da crise do coronavírus, os trabalhadores da saúde estão muito mais vulneráveis ao contágio. Precisamos perguntar: quem cuida da saúde dos trabalhadores da Saúde? É consenso internacional que os maiores de 60 são parte do grupo de risco e que precisamos tomar medidas para preservar sua saúde. Aqueles que estão em contato direto com os doentes estão muito mais vulneráveis. Por isso precisamos exigir contratações emergenciais urgentes para o hospital. Para que abram todos os leitos e o HU funcione em sua plena capacidade, para que os funcionários em situação de risco, ou que morem com pessoas em situação de risco não se exponham ao contágio no hospital, para que diminua a exposição ao contágio dos funcionários e a sobrecarga de trabalho sem diminuir a capacidade de atendimento. É inaceitável que a reitoria da USP, a mesma que sucateia o hospital e mantém ele referenciado, coloque em risco a saúde dos trabalhadores.”

Os trabalhadores da USP aprovaram paralisação até a suspensão das atividades presenciais a partir de hoje, 18 de março, e a exigência de contratação emergencial imediata para o Hospital Universitário.

Veja aqui o boletim divulgado hoje pelo SINTUSP:




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