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Reforma Trabalhista vai modificar contratos de trabalho anteriores à sua aprovação

Danilo ParisEditor de política nacional e professor de Sociologia

sexta-feira 14 de julho de 2017 | Edição do dia

Os grandes empresários e seu representantes políticos estão ávidos por aumentar, o quanto antes, a exploração dos trabalhadores a partir da reforma trabalhista.
O ministro do Trabalho e Emprego de Michel Temer, Ronaldo Nogueira, declarou à imprensa que “as relações de trabalho do Brasil estarão sob o efeito dessa legislação". E agregou "todas as relações de trabalho que estão formalizadas mediante contrato estão sujeitas à nova legislação". As modificações poderão ser feitas após 120 dias da publicação da lei.

A imposição dos “acordos” trabalhistas, acima de qualquer legislação é a espinha dorsal da reforma. Assim, mesmo nos contratos que estão em vigor, os patrões poderão modificá-los como bem entenderem.

Na prática, um trabalhador que já estava contratado por uma empresa poderá ter sua jornada de trabalho fatiada durante o dia, salário reduzido, férias alteradas e se ver obrigado a permanecer mais tempo no trabalho.

Assim sendo, a destruição das leis trabalhistas irá afetar todos os trabalhadores brasileiros, e não apenas aqueles que tiverem novos contratos. Os grandes empresários e capitalistas querem impor níveis de exploração aos trabalhadores muito superiores aos níveis existentes.

Essa é a reforma dos sonhos da patronal, já que agora poderá obrigar o trabalhador a comer com uma mão e trabalhar com a outra, e até pagar menos que um salário mínimo. Querem extrair até a última gota do sangue e do suor dos trabalhadores, para continuar aumentando seus lucros bilionários.

Enquanto as vidas de milhões de trabalhadores estão ameaçadas pelas reformas e os grandes empresários, as centrais sindicais, como a CUT, CTB e Força Sindical, permanecem caladas, sem esboçar qualquer resistência.

Pelo direito ao futuro, os trabalhadores precisam derrubar essas reformas e, junto com elas, os políticos corruptos em sua santa aliança com os capitalistas. Nossas vidas valem mais que o lucro deles.




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