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MULHERES TRABALHADORAS | Reforma Trabalhista nega o direito à maternidade digna às mulheres trabalhadoras

sexta-feira 14 de julho de 2017 | Edição do dia

Nesta terça-feira, 11/07, a Reforma Trabalhista foi aprovada pelo Senado, e ontem, 13/07, foi sancionada pelo golpista Michel Temer.

Como viemos desenvolvendo em vários textos no Esquerda Diário, a Reforma Trabalhista é um ataque histórico aos direitos dos trabalhadores conquistado em várias décadas através de lutas e organização da classe.

Viemos destacando também, que a Reforma Trabalhista atinge em especial a vida das mulheres e traz um ataque gravíssimo às mulheres grávidas e lactantes: o texto aprovado prevê o afastamento do trabalho para as mulheres grávidas e lactantes apenas em casos de insalubridade máxima, passando a permitir que essas trabalhadoras continuem em locais de insalubridade julgada média ou baixa, colocando em risco as vidas das mulheres e de seus filhos.

Rasgando a CLT que determinava o afastamento da trabalhadora gestante ou lactante de quaisquer atividades, operações ou condições insalubres, a Reforma Trabalhista de Temer e dos golpistas condiciona o afastamento da mulher grávida e lactante à emissão de um atestado de saúde nos locais de trabalho considerados com insalubridade mínima ou média.

Sem nenhuma preocupação com a saúde das mulheres e tampouco com a saúde de seus filhos, o texto da Reforma Trabalhista também não indica qual médico emitiria o atestado, permitindo à patronal encaminhar às mulheres ao setor de saúde da própria empresa ou contratar um médico para esse fim, que atenda aos interesses dos empresários e não das trabalhadoras.

Até conseguirem esse atestado (e se conseguirem), as mulheres grávidas e lactantes continuarão expostas a locais de muito frio, muito calor, com barulho extenuante, em contato com produtos químicos, entre outras situações que já afetam a saúde da classe trabalhadora e agora, mesmo grávida ou amamentando, as mulheres continuarão submetidas a essas condições degradantes.

É de se indignar a imensa hipocrisia desses senadores e políticos que votaram e aprovaram a Reforma Trabalhista, que são os mesmos conservadores que vivem fazendo campanha contra o direito ao aborto, numa suposta “defesa da vida” dos fetos, mas que escancaram em cada decisão que tomam, que só estão preocupados com seus privilégios e com seus lucros, negando agora às mulheres trabalhadoras o direito à maternidade de forma segura e plena.

O Pão e Rosas Brasil lançou uma campanha junto ao Esquerda Diário, com os cartazes abaixo para fazer ecoar a voz das mulheres trabalhadoras na luta pelo direito à maternidade e amamentação dignas.

Para garantir o direito à maternidade é necessária a anulação da Reforma Trabalhista já! É preciso organizar em cada local de trabalho, assembleias e comitês de base para barrar cada um dos ataques dessa Reforma e o governo de Temer, já inocentado pelos seus deputados aliados.

Da força dos trabalhadores, deve nascer um plano de lutas e uma grande greve geral para que a força das mulheres seja expressa na linha de frente dessas lutas pelos seus direitos, pois as vidas das mulheres e de seus filhos valem mais que os privilégios dos políticos e os lucros dos empresários!

Veja abaixo denúncias das dirigentes do Pão e Rosas, Diana Assunção, fundadora do grupo de mulheres e trabalhadora da USP e Maíra Machado, professora da rede pública de São Paulo:




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