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GOVERNO BOLSONARO | Reedição da MP 936 segue garantindo os lucros e precarizando o trabalho

quarta-feira 28 de abril de 2021 | Edição do dia

Na tarde da última terça-feira (27), Bolsonaro assinou a Medida Provisória 1.045 que, reedição da MP 936, permite que os patrões reduzam salários mediante a redução da jornada de trabalho, assim como a suspensão de contratos. Mais uma medida para salvar os patrões enquanto seguem atacando direitos e a qualidade de vida da classe trabalhadora.

A MP 1.045 foi comemorada pelos empresários, mais uma medida do governo que visa “salvar” os lucros, enquanto a classe trabalhadora caminha para a miséria e a fome. Além desta reedição da MP 936, foi aprovado junto outra flexibilização trabalhista que permite às empresas adiarem o pagamento do FGTS.

As medidas emergenciais do governo para a crise provam que a prioridade não é a qualidade de vida da população, a contenção da pandemia ou o mínimo que é salvar vidas, mas sim uma saída que preserve os lucros dos patrões às custas da qualidade de vida da maioria da população.

O aprofundamento da crise, tem escancarado a cada dia mais a importância da classe trabalhadora para o funcionamento da sociedade, a economia não pode parar dizem os governos, nós não podemos parar de trabalhar e em suma é isso, e como medidas para “manter os empregos” veem ataques aos direitos e aumento da carestia de vida. Esse é o discurso demagógico dos governos, que buscam aumentar a cada dia mais o nível de exploração da força de trabalho e se apoiam na crise como desculpa para isso.

Esse ataque de Bolsonaro é despejado em um momento de desemprego em larga escala, e de um grande aumento da fome no Brasil, ou seja, em uma situação de crescimento da miséria e da precarização da vida dos mais pobres, enquanto diversas empresas aproveitam a pandemia para demitir trabalhadores, em nome de seus lucros.

Mas, ao mesmo tempo em que em diversos lugares há demissões e ataques, há também lutas e respostas dos trabalhadores frente à situação atual. É o caso da LG, por exemplo, onde as terceirizadas da empresa fazem greve há mais de 20 dias, batalhando por seus direitos.

A CUT, dirigida pelo PT, poderia cumprir o papel de unificar as lutas em curso, no setor privado e entre servidores públicos, e colocar os sindicatos à serviço da organização dos trabalhadores, como deveriam ser. Mas prefere manter sua paralisia frente ao Governo Bolsonaro e todos os seus ataques, e dessa forma deixa os trabalhadores à mercê de patrões, Bolsonaro e dos governadores, quando poderia por de pé um grande um grande plano para unificar todas as lutas, e potencializar a força de trabalhadores que já decidiram se levantar, e ajudar a que outros vejam na organização a resposta para a crise. Inclusive em 2020, comemorou a MP 936, relatada pelo deputado do PCdoB Orlando Silva, como uma vitória.

Uma saída consequente para a crise, que pense em medidas sanitárias concretas, que garanta que essas medidas se efetivem, que garanta vacina para todos e isso passa pela quebra das patentes, que garanta um auxílio emergencial de pelo menos um salário mínimo, entre outras medidas emergenciais, precisa partir da auto organização dos trabalhadores, da unificação das lutas em curso, como da Caixa contra a privatização ou das trabalhadoras da LG contra as demissões e da exigência pelo fim da paralisia das centrais sindicais como a CUT e a CTB que passivamente esperam as eleições de 2022 sendo que os problemas da crise se apresentam agora.




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