Março de 2021 apresentou um aumento de 12% em relação ao mesmo mês em 2020
sexta-feira 9 de abril de 2021 | Edição do dia
Foto: Reprodução/Facebook
Após os escândalos acerca dos aumentos exponenciais dos desmatamentos na Amazônia desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência, e que eclodiram no ano de 2019, a situação apenas se agravou, em parte também por conta da pandemia da Covid-19, que acabou por tomar o centro das preocupações nacionais. Parceiro e representante dos latifundiários, maior interessado na destruição da floresta para expandir seus lucros, o governo Bolsonaro soltou os freios das queimadas ilegais, que chegaram a crescer em 60% no ano de 2019. Agora em 2021, os índices de destruição da Amazônia voltam a crescer de maneira brutal, com março batendo a maior marca mensal de desmatamento em seis anos. Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) desta sexta-feira (9), 367,61 km² de desmatamento foram registrados, acima de 2018 com 356,6 km² e de 2020, com 326,49 km² derrubados.
O a marca representou um aumento de 12,6% em relação ao mesmo mês em 2020, ano em que os maiores níveis de desmatamento foram atingidos nos últimos 12 anos. Agravamento que veio com a pandemia que se mostrou conveniente com os intentos de Bolsonaro e seu governo, bastante explicitado principalmente na escandalosa fala do ministro do meio ambiente Ricardo Salles, quando em reunião ministerial, o mesmo declarou que o momento, devido as atenções ofuscadas pelo covid, era propício para “passar a boiada” e mudar regras de proteção ambiental, para favorecer o agronegócio.
Com a chegada da temporada seca nos próximos meses, os índices tendem a piorar, alavancando ainda mais a destruição da floresta, o que acarreta em problemas graves, tanto de biodiversidade quanto do agravamento do problema de emissão de gases-estufa.
