sexta-feira 15 de setembro de 2017 | Edição do dia
Rafael Braga sai do presídio neste momento, para cumprir a prisão domiciliar determinada pelo STJatendendo a um pedido de Habbeas Corpus da defesa. A decisão ocorreu porque, enquanto estava preso, Rafael contraiu tuberculose.
Rafael Braga vem carregando em suas costas um enorme peso, de uma sociedade racista e um judiciário elitista como é o brasileiro, hoje um ele tira um pouco desse peso das costas. Rafael foi o único preso politico das jornadas de junho em 2013 julgado e condenado. A posse de duas garrafas de produto de limpeza (uma de Pinho Sol e outra de água sanitária) foi tranformada pela justiça racista em “porte de material explosivo ou incendiário”, deixando Rafael Braga preso por 5 meses e condenado a 5 anos de prisão.
Na manhã do dia 12 de Janeiro de 2016, enquanto ele cumpria sua pena em regime aberto e usando uma tornozeleira eletrônica, foi preso novamente por policiais militares da UPP com um flagrante forjado, sendo ameaçado, segundo sua mãe foi obrigado a cheirar cocaína pela policia racista na ocasião. No dia 20 de abril ele foi condenado à uma nova pena, dessa vez de 11 anos de prisão pela acusação de tráfico e associação ao tráfico de drogas.
A prisão domiciliar é uma prática recorrente na operação Lava-Jato, já para Rafael Braga suas preces só foram atendidas após uma longa via crucis, quando seu corpo já pedia arrego de tanto sofrer pelos maus-tratos de uma cadeia superlotada com seus irmãos de classe e de cor.
O caso de Rafael Braga é uma demonstração do racismo do estado brasileiro, recentemente foi negado ohabeas corpus na primeira instância.
Vídeo da Negação do Habbeas Corpus para Rafael Braga, uma demonstração do racismo do judiciário.
O Habeas Corpus, concedido em segunda instância por motivos de saúde, se deve ao fato de Rafael Braga ter adoecido nos presídios super-lotados e em péssimas condições do Rio, mais uma injustiça do estado racista. Liberdade já à Rafael Braga!
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