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Trotski em Permanência | Questão nacional, nazifascismo e sindicalismo na perspectiva trotskista são debates do evento Trotski em Permanência

No dia 05 de agosto, o terceiro dia do encontro “Trotski em Permanência”, o Simpósio Temático número 8, os debatedores trouxeram uma variedade de temas em torno do legado de Leon Trotski: a importância das temáticas relativas a questão nacional no marxismo revolucionário e no pensamento de Trotski, a análise deste sobre o fascismo e a importância de suas caracterizações sobre os sindicatos na época imperialista para compreender o movimento sindical brasileiro frente a ofensiva neoliberal.

sexta-feira 6 de agosto de 2021 | Edição do dia

(Foto: Reprodução)

O primeiro expositor, Wanderson Fabio de Melo, iniciou expondo a recorrência e a importância do tema da questão nacional, devido sua relação com a luta de classes internacional, na história do marxismo revolucionário. Seguiu, trazendo a importância estratégica do tema no contexto dos primeiros anos da Revolução Russa. Para Lenin e Trotski a questão nacional era um tema central para consolidar a aliança dos povos e defender a revolução. Wanderson também destacou que a intervenção de Stalin, e seu chauvinismo grão-russo, frente as reivindicações de autonomia da Geórgia, foi um dos primeiros sintomas da burocratização stalinista, O que fez Lenin se opor abertamente contra Stálin.

Carlos Eduardo Rebello de Mendonça trouxe a experiência de Trotski como correspondente de um jornal ucraniano durante as guerras balcânicas em 1912 e 1913. De acordo com o expositor Trotski em suas análises percebeu a articulação da luta de classes e processos de libertação de nacionalidades oprimidas, no caso frente ao decadente Império Otomano. Essa articulação será mais aprofundada por Trotsky no capítulo dedicado a questão nacional de “A história da Revolução Russa”.

Matheus de Carvalho Barro partiu de que com o avanço atual das extremas-direitas globalmente a discussão em torno do fascismo, especialmente, as caracterizações feitas por Trotski, redobram importância. A exposição de Matheus enfatizou as análises de Trotski sobre as ascensões do nazismo na Alemanha, escritos entre 1930-1933. Entre as definições trazidas pelo expositor está a de que, enquanto regime, o fascismo busca exterminar todos os elementos de democracia proletária no interior da sociedade burguesa para manter a classe trabalhadora fragmentada. Matheus de Carvalho também destacou os combates de Trotski contra as teorias de social fascismo stalinista.

Por último Mário Júnior e Fernando Araújo apresentaram uma análise do movimento sindical brasileiro a luz das posições de Trotski sobre os sindicatos. Os expositores destacaram que frente a política neoliberal nas últimas décadas no Brasil radicalizaram pressões sobre a organização sindical. Entre elas o processo de estatização dos sindicatos; a predominância de um sindicalismo cidadão, conciliatória e que abandona a luta de classes e a burocratização dos sindicatos, atrelado aos processos de restruturação produtiva. Mário e Fernando analisam as transformações sindicais no Brasil após anos 90 se remetendo a temas e caracterizações centrais de Trotski na época imperialista.




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