OPINIÃO | “Quebrados” estão os ordenados dos aposentados

Para os trabalhadores e o povo o interesse na votação sobre o reajuste das aposentadorias é enorme porque há muito a situação da previdência e principalmente das condições de vida maioria dos aposentados é muito ruim, e tende a se tornar drástica em um cenário de crise econômica gerada pela sede de lucro dos empresários e ricos, inclusive os poderosos imperialistas, que agora aproveitam esta crise para saquear o país e fazer os trabalhadores pagarem.

Como a aprovação da medida aumenta de maneira significativa os gastos da previdência e o governo Dilma está comprometido com o ajuste fiscal que vai favorecer apenas os ricos, os imperialistas, retirar direitos e acabar com benefícios sociais, o governo vai vetar a medida de reajuste do salário mínimo para todos os aposentados e pensionistas.

Por outro lado, a oposição de direita faz demagogia, mas apenas tentará usar a medida para fortalecer a si própria e suas posições igualmente favoráveis a fazer com que sejam os trabalhadores que paguem a crise que os ricos geraram.

Não será daí que melhorarão de vida os aposentados e pensionistas. Até porque mesmo que a medida fosse aprovada, o que se ganharia aqui, se perderia ali, pois os ajustes, acordados entre governo e oposição, e a crise elevam a inflação, desvalorizam salários e elevam o custo de serviços como da saúde, transporte, lazer, cultura, quebrando os ordenados ao meio e tirando estes direitos, todos necessários a uma melhor qualidade de vida para aposentados e pensionistas.

Por isso, uma vida digna aos aposentados e pensionistas poderia vir a partir da valorização do salário mínimo ao valor estabelecido pelo Dieese (3.299,66 em Junho de 2015), que é o mínimo para uma família e que deve se estender também aos aposentados, com reajuste automático de acordo com o aumento da inflação.

Este valor não poderá ser alcançado tirando dos direitos dos trabalhadores e dando para os empresários, que vão usar os seus ganhos para explorar mais e cada vez mais. Também não poderá existir equilíbrio na previdência quando o Estado gasta uma fortuna com os privilégios dos corruptos políticos dos partidos que governam para os ricos. Por isso a saída dos partidos dos ricos, seja o PT, seja a oposição de direita, não merece o apoio dos trabalhadores e aposentados.

Estabelecer impostos progressivos sobre as grandes fortunas e não realizar o pagamento da dívida pública são medidas que poderiam sim garantir uma aposentadoria e um salário mínimo digno. Combinadas a uma verdadeira democracia dos trabalhadores e do povo, com o salário dos políticos e altos funcionários do Estado sendo o mesmo que de uma professora e na qual os cargos sejam revogáveis a qualquer momento.