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MARIELLE FRANCO | Que o DCE da PUC-MG saia do imobilismo e convoque assembleias para lutar por Marielle

Hoje completa 10 dias do assassinato de Marielle. De todos os cantos do mundo chegaram apoio e declarações contra esse crime brutal. Precisamos organizar essa revolta para responder aos ataques desse governo golpista e ganharmos força para responder também aos ataques que vêm da universidade.

sábado 24 de março de 2018 | Edição do dia

Foto: Divulgação/Facebook

No dia 14 de março de 2018, a militante do PSOL e quinta vereadora mais votada da cidade do Rio de Janeiro, Marielle Franco, foi assassinada. Junto com Marielle morreu também um pedaço de cada mulher, cada mulher negra, cada um que se propõe a lutar por um mundo mais justo de se viver.

Por todo o país aconteceram diversas manifestações em repúdio a esse assassinato pedindo o fim da violência policial e da intervenção federal no Rio de Janeiro. De norte a sul milhares de pessoas saíram às ruas com ódio e revolta por esse crime, pois sentiam que parte de nós e de nossa luta também havia morrido com Marielle.

Mulher negra, da periferia, era formada em Ciências Sociais pela PUC-RJ. Ingressou como bolsista em uma das universidades particulares mais elitista desse país, realidade da maior parte dos filhos da classe trabalhadora que sonha em se formar e ter a possibilidade de um futuro mais digno.

O DCE, que é uma entidade estudantil e que deveria organizar e dar voz aos estudantes, até o momento não soltou nem uma nota de repúdio contra esse assassinato brutal. Tomar como exemplo a iniciativa da roda de conversas chamada pelo Instituto de Ciências Sociais, que o DCE corretamente divulgou em sua página, assim como divulgou também outras ações, mas que passam por fora de qualquer mobilização do DCE e que neste momento de ataques tão profundos não cumpre o seu papel de organizador estudantil.

A gestão “Por Todos os Cantos”, eleita com uma cara de combate as injustiças sociais, contra o racismo e contra a homofobia, tinha que gritar e sacudir a universidade contra esse assassinato, que vem como forma de recado pra quem ousa lutar e que revoltou muita gente da universidade, que assim como Marielle, é mulher, negra, trabalhadora, LGBT e lutadora.

O DCE que não mobilizou os estudantes na luta contra o golpe, continua seu imobilismo com o caso de Marielle, que é um desfecho claro da continuidade do golpe, que se mostra também com a intervenção federal no Rio de Janeiro.

Por todos os cantos da universidade se escuta a indignação com mais essa barbárie. Nós do Pão e Rosas achamos que temos que nos organizar para lutar contra o assassinato de Marielle, contra os ataques desse governo golpista que são cada vez mais profundos e que afetam diretamente nós estudantes que nos desdobramos para nos manter na universidade.

Que o DCE convoque e divulgue amplamente assembleias para organizar nossa revolta. Somente na luta por justiça por Marielle, contra a intervenção federal no Rio, por uma comissão de investigação independente, em apoio à greve dos professores do estado e nos colocando lado a lado com quem se propõe a lutar e que almeja muitos mais do que essa miséria de vida que nos oferecem é que conseguiremos forças para responder aos ataques que vêm de dentro e de fora dos muros da universidade.

Precisamos fazer a terra tremer por Marielle
#MariellePresente




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