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Autoritarismo | Protesto contra assassino de indígenas é crime no país onde militares sempre ficam impunes

Galo, entregador antifascista, e sua companheira Géssica foram presos devido investigação sobre incêndio na estátua do Borba Gato, bandeirante assassino de povos indígenas. Protestar contra assassinos que representam a cara da burguesia nacional é crime no país onde militares sempre ficam impunes diante de seus crimes contra trabalhadores, jovens e o povo pobre.

quinta-feira 29 de julho de 2021 | Edição do dia

Foto: reprodução/Twitter

Paulo Galo, entregador antifscista, e sua companheira Géssica foram presos provisoriamente hoje (28/06) pelas mãos do judiciário e da bolsonarista Polícia Militar de São Paulo, devido investigação sobre o incêndio na estátuo do Borba Gato no município de São Paulo, que representa a face escravagista e colonizadora da burguesia nacional que enaltece como símbolo de orgulho um escravista e bandeirante que praticou o genocídio de negros e indígenas na época da colonização.

Leia aqui: Estátua do reacionário bandeirante Borba Gato é incendiada.

Em um país governado por reacionários militares, que já deixaram sua marca com o passado autoritário da ditadura civil-militar e por terem sido um dos pilares do golpe institucional de 2016, enquanto uma figura como Eduardo Pazuello desfila nas ruas em motociatas ao lado de Bolsonaro e é impune a toda gestão de desprezo pelas centenas de milhares de vidas perdidas para Covid-19; nós trabalhadores somos perseguidos e atacados por puro desejo dos mais ricos, para nos paralisar ou amedrontar com o objetivo de seguirem jogando toda essa crise deles nas nossas costas.

Essa prisão de Galo e de outros investigados pelo incêndio da estátua é absurda, e a esquerda, os sindicatos e os movimentos sociais precisam levantar uma forte campanha democrática por liberdade imediata, pela retirada do processo e em defesa da liberdade de manifestação.

Veja aqui: Letícia Parks: "Liberdade já para Galo e Géssica! Abaixo o legado colonial e escravagista!"

Seguindo o absurdamente enaltecido legado dos bandeirantes, assassinos de indígenas e negros na época da colonização, os militares sempre representaram e foram a cara da classe dominante no capitalismo, assumindo o papel de poder autoritário e repressor do Estado contra a nossa classe, fazendo parte dos interesses e ganhos da burguesia nacional e internacional contra os direitos dos mais oprimidos e de toda classe trabalhadora e a juventude.

Exemplos disso é a atuação dos militares na ocupação militar no Haiti; nas operações militares nas favelas do RJ; em casos escandalosos como o assassinato de Evaldo Rosa no RJ que teve seu carro alvejado pelo exército com 80 tiros; nos crimes de militares contra todos os desaparecidos, torturados e assassinados durante a ditadura militar; e nas mortes por Covid-19: mais de 550 mil vidas perdidas pelas mãos dos militares ativos que governam junto ao governo reacionário, racista e misógino de Bolsonaro. Para esse pilar que sustenta esse sistema de exploração e opressão contra nós trabalhadores e juventude, sempre existirá impunidade.

Pode interessar: [Vídeo] O BRASIL NÃO É PARA AMADORES: os militares e a crise política




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