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A seção “Esquerda em Debate” está aberta aos ativistas críticos à chapa de Lula e Alckmin, à política de conciliação de classes do PT e à diluição do PSOL com Alckmin e Marina Silva. Trata-se de uma tribuna aberta a militantes do PSOL e ativistas e intelectuais independentes. Nela, publicamos posições do MRT, mas também de setores da esquerda em um campo mais amplo com o intuito de cultivar o debate franco e aberto na esquerda brasileira. As posições contidas no texto são de responsabilidade dos firmantes e não refletem as posições do MRT. Envie também seu texto para essa seção aberta.

quinta-feira 21 de julho de 2022 | Edição do dia

A CST apresentou uma contribuição ao debate político no Polo Socialista e Revolucionário. Consideramos importante ressaltar pontos que acreditamos que o PSR deveria debater e assumir.

Primeiramente, acreditamos que o PSR deve ser um ponto de apoio para combater as direções pelegas e burocráticas, denunciando cotidianamente o papel contrarrevolucionário das direções das maiores centrais sindicais e movimentos que atualmente se negam a mobilizar nas ruas contra a extrema direita bolsonarista. Em cada disputa sindical, no movimento estudantil e popular, devemos batalhar com a estratégia de derrotar as direções burocráticas expressas nas direções majoritárias da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, UNE, MST, MTST e sua política pró-burguesa. A partir de cada uma dessas experiências, poderemos mostrar pacientemente aos trabalhadores a armadilha da conciliação de classes e que precisamos de uma nova direção classista.

Outro aspecto é que consideramos que a tática mais adequada para a atual conjuntura eleitoral seria a construção de uma Frente de Esquerda e Socialista. Diversas organizações estão se negando a aderir ao lulismo. Correntes que se articularam em torno da pré-candidatura de Glauber Braga no PSOL, as pré-candidaturas de Leonardo Péricles pela UP e a de Sofia Manzano pelo PCB. Sabemos que existem importantes diferenças de tática e estratégia entre essas organizações, algumas insolúveis. Porém, num cenário de inegável fortalecimento e reoxigenação do lulismo e das velhas direções, acreditamos que uma tática eleitoral para construir pontos programáticos em comum e levantar uma candidatura única da esquerda em outubro impediria a pulverização e colaboraria na batalha pela independência política da classe trabalhadora. Um cenário com duas, três ou quatro candidaturas à esquerda de Lula/Alckmin apresentará ainda mais dificuldades aos socialistas no pleito de outubro.

Por isso, acreditamos que uma política adequada para o Polo, nesta conjuntura, seria propor a essas organizações políticas a formação de uma Frente de Esquerda Socialista.

Originalmente publicado aqui em 15 de julho de 2022




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