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Greve professores RN | Professores do RN aprovam continuidade da greve pelo piso salarial: topo apoio a luta!

Em assembleia, que ocorreu ontem (17), mais de 300 professores da rede estadual de educação do Rio Grande do Norte decidiram pela manutenção da greve em resposta à proposta da governadora Fátima Bezerra (PT).

sexta-feira 18 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

A proposta da governadora não garante o pagamento do piso nacional e foi rejeitada. Os trabalhadores só vão começar as aulas esse ano com o seu direito ao piso garantido.

A greve dos professores do Rio Grande do Norte segue com forte adesão da categoria para exigir o pagamento integral do piso salarial aprovado após 2 anos sem reajuste pelo Governo Bolsonaro e Mourão junto ao congresso nacional e o STF. A proposta do governo prevê o parcelamento do reajuste em cerca de 10 meses e, por conta do ano eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Tribunal de Contas da União (TCU), poderiam barrar o aumento, portanto sequer tem garantia de que será aplicada..

A maior parte das escolas estão praticamente sem aulas. No Atheneu, uma das escolas mais importantes do Estado, a adesão é de 100% dos professores, em escolas de cidades do interior também há escolas totalmente paralisadas. Apenas professores temporários estão sendo obrigados a trabalhar, frente ao assédio e contratos precários, como mostra de que o governo do estado se apoia na precarização do seu trabalho para dividir a categoria. Também os trabalhadores terceirizados da manutenção e da limpeza, que ou perderam parte do salário, ou foram demitidos durante a pandemia, também são obrigados a seguir trabalhando sem aula.

Os militantes do Esquerda Diário estiveram na assembleia da categoria nessa quinta-feira, e conversou com os professores, para dar voz a sua luta. Veja a declaração anônima de uma professora da rede estadual:

"Sou professora da rede estadual. E nós estamos num momento de greve enfrentando uma Governadora do PT, onde nesse momento era importante que o Rio Grande do Norte tivesse a frente dessa negociação, não precisasse que os trabalhadores parassem suas atividades para receber um que o que é de direito, né?

Então nós estamos numa luta muito forte, a categoria está insatisfeita com o governo Fátima Bezerra porque o governo está terminando seu mandato e a educação claramente não teve mudanças, né? Nós não tivemos projetos diferentes que tivesse revolucionado a educação, estamos terminando esse mandato e a Governadora Fátima Bezerra do PT vem tendo essa prática, né? Infelizmente, de não conceder direito, e não investe diretamente na educação.

Para concluir passamos esses dois anos de pandemia, nossos estudantes sofreram porque as nossas as nossas aulas remotas não tinham a participação ideal dos nossos estudantes porque a Governadora também não investiu em auxílio aos nossos estudantes, nem a cesta básica, porque eles enfrentaram a fome, não conseguiu dar auxílio para comprar celulares, dados móveis. E aí não tiveram acesso às nossas aulas remotas, né? Então, Infelizmente essa é a realidade da Educação do Rio Grande do Norte."

O apoio da população é importante para cercar de solidariedade a categoria e rechaçar a mídia reacionária, como fizeram os professores na assembleia, com uma declaração asquerosa feita pelo apresentador Cyro Robson, do programa policial “Patrulha da Cidade”, da TV Ponta Negra (afiliada SBT), conhecido como Papinha, de que os professores ficaram “coçando o saco” durante a pandemia. Quando os professores passaram 2 anos em aulas remotas, sem as condições necessárias, assim como a maioria dos estudantes, que não receberam auxílios do governo do estado.

A governadora Fátima também ironizou a greve em uma entrevista ao jornalista Juca Kfouri, transmitida pela Rede TVT transmitido no Youtube, dizendo que “Nesse momento tem uma preocupação, porque os professores nessa semana deflagram greve aqui no Rio Grande do Norte, olha só, que situação, depois de dois anos de paralisação”, em referência aos dois anos de pandemia, onde os professores estariam supostamente parados.

Essa luta deflagrada pelos professores também é parte do enfrentamento aos ataques de Bolsonaro e Mourão, que implementaram o arrocho salarial e também aprofundaram uma série de outros ataques, como a reforma trabalhista, Lei de Responsabilidade Fiscal, Novo Ensino Médio e coloca a crise nas costas dos trabalhadores, sendo os responsáveis pela fome, carestia e desemprego. Os governos do PT, como da Fátima no RN, diante da crise capitalista, tem cumprido o papel de aplicar os ataques, como foi a reforma da previdência estadual, para garantir o interesse de lucro dos capitalistas, sendo um balão de ensaio de como Lula quer governar, como mostra a sua aliança com Alckmin.

Somente a luta organizada pode levar a conquista pelos direitos, e não a velha conciliação do PT, agora com os golpistas de ontem, como Alckmin, para ganhar apoio do capital financeiro, dos militares e dos latifundiários. As centrais sindicais, como a CUT que dirige do SINTE-RN, deveriam estar cumprindo seu papel de articular todas as categorias e unificar em uma grande luta contra os patrões e seus governos e em defesa da revogação da reforma trabalhista, que precariza os empregos e as condições de vida do conjunto da população.

Campanha unificada: Um chamado à esquerda para uma campanha unificada pela revogação integral da reforma trabalhista




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