sexta-feira 18 de março de 2016 | 09:48
Os professores da rede municipal de ensino de Recife estão em greve desde o dia 8 de Março, em luta contra a precarização do trabalho imposta pela prefeitura. Além do justo reajuste salarial, a categoria reivindica melhores estruturas nas escolas, e melhores condições de trabalho.
O prefeito Geraldo Julio do PSB, no entanto, se manteve intransigente a negociar para melhorar a educação dos 90 mil estudantes de sua cidade, e valorizar os 6 mil professores. Desde o início da greve fechou completamente o diálogo com a categoria sob a alegação de que o Simpere (Sindicato Municipal dos Professores de Ensino da Rede Oficial do Recife) entrou em greve enquanto o reajuste salarial ainda estava em negociação. Desta forma, endureceu dizendo que só voltaria a negociar com o encerramento da greve. Antes mesmo da greve iniciar, no dia 7 de Março o Tribunal de Justiça de Pernambuco já estava decretando a greve ilegal.
Diante da intransigência da prefeitura, e para garantir o direito de greve, os professores fizeram um ato na manhã desta quinta (17) iniciado na Praça da Independência e seguiram em ato até o Palácio da Justiça para cobrar o desembargador acerca de seu direito à greve. Em seguida os lutadores rumaram até a prefeitura, onde, após manifestação sem negociação ocuparam o 4º andar da prefeitura de Recife, onde fica a Secretaria de Educação da cidade. Mantiveram a ocupação por todo o dia, até arrancar negociação do secretário de Governo, marcada para essa segunda-feira (21), então desocuparam o prédio, por volta das 21h40min. A representante do sindicato aponta que após negociação a categoria fará nova assembleia na terça-feira para decidir o rumo da mobilização.
Por todo lado do país vemos a intensa precarização da educação, e do trabalho docente. Com a crise econômica que passa o país, os representantes políticos da classe dominante cortam dos direitos e serviços à população. Mas o número de greves vem batendo recordes, e diante da polarização política nacional, a única saída aos trabalhadores é unificando as lutas numa grande campanha contra os ajustes dos governos e que os patrões paguem pela crise. O MRT vem defendendo no interior da CSP-Conlutas um giro de todas as forças e uma coordenação para unificação das lutas em curso para vitória dos trabalhadores, o Esquerda Diário declara todo apoio à greve dos professores de Recife!
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