Em coluna do Estadão de hoje, colegas do ex-presidente do Banco do Brasil alegam que este apelará para delação premiada caso sua prisão se torne provisória. Sua prisão, na nova fase da Lava Jato, evidencia que o alvo agora são os bancos estatais.
Rafaella LafraiaSão Paulo
sexta-feira 28 de julho de 2017 | Edição do dia
Segundo coluna do Estadão de hoje (28/07), se a prisão de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil, preso na Lava Jato, se converter em provisória o mesmo apelará para delação premiada. Apesar de terem dúvidas se o ex-presidente do Banco do Brasil tem provas a serem reveladas, seus colegas colocam que seu possível algo será o ex-ministro Guido Mantega, de quem era muito próximo.
A prisão do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, tendo sido indicado ao cargo por Gilberto Carvalho ainda no governo Lula e nomeado ao outro cargo pela ex-presidente Dilma Rousseff, respectivamente, abriu uma nova fase da Lava Jato – a 42ª fase da Lava Jato denominada como Operação Cobra – que tem como alvo a investigação de casos de corrupção ligados aos bancos públicos, como já citado aqui.
Essa nova fase da antidemocrática e reacionária operação Lava-Jato visa o ataque aos bancos públicos como possível forma de justificar uma privatização dos mesmos, isso é para abrir mais espaço ao capital imperialista.
Essa política é uma forma de garantia de que os grandes empresários imperialistas saiam lucrando ainda mais com a crise orgânica pela qual o país passa e, ao mesmo tempo, fazer com que os trabalhadores paguem por esta, já que vemos por inúmeras outras privatizações de estatais que há um aumento de demissões e precarização das condições de trabalho.
Não devemos aceitar que esta dívida seja paga com o nosso suor e sangue. Devemos ir além e lutar para estatizar sobre controle dos trabalhadores todas as empresas envolvidas em corrupção, e impor uma assembleia constituinte para realizar essa medida e outras que acabem com os privilégios e a corrupção dos políticos e juizes.
Temas