Sabemos que a situação dos presídios é de uma superlotação absurda, condições precárias de higiene, de saúde dos presos. A fórmula perfeita para explosões gigantescas de casos em todo o país, que certamente não se restringirão aos muros e cercas.
terça-feira 24 de março de 2020 | Edição do dia
O teste alegou positivo para um servidor do Centro de Detenção Provisória de Praia Grande, na Baixada Santista. Conforme relata secretário do CDE, o servidor está de quarentena desde sábado, 21.
A Secretaria da Administração Penitenciária, afirmou na segunda (23), que não há registro até então de algum preso com caso de corna vírus. Mas com base em que?
Não houve testes massivos nem nesse presídio e nem em algum outro, tanto dos detentos quanto dos servidores, secretários e todos outros agente ligados diretamente com os presídios.
Sabemos que a situação dos presídios é de uma superlotação absurda, condições precárias de higiene, de saúde dos presos. A fórmula perfeita para explosões gigantescas de casos em todo o país, que certamente não se restringirão aos muros e cercas.
A medida que a Justiça de São Paulo tomou na sexta (20), de proibir visitas em todos 176 presídios do Estado, não é efetiva. Pois, não temos nenhuma garantia de que já não haja casos em diversas unidades, não só em SP, mas do país todo.
Tal medida não condiz com a grave situação. Como já afirmaram muitos do governo, é situação de guerra. Temos de agir como tal, ou milhões morrerão em poucos meses.
Que o Estado decrete que a nossa produção seja em vista de combater o corona vírus, e não de lucrar. Que a produção de máscaras, de unidades com aparelhos respiratórios, de testes esteja sob controle dos trabalhadores, que já mostraram ser os únicos que podem responder essa crise de forma efetiva, muitos trabalhando mais de 24h seguidas, sob condições precárias!
Junto à contratação de mais médicos e trabalhadores da saúde. Os únicos que estão sofrendo com essa crise somos nós. Os capitalistas se preocupam em lucrar nesse momento, não importa a eles que milhões morrerão. Não lhes interessa que nós soframos e sejamos corpos empilhados.
Só os trabalhadores podem responder essa crise. Tomemos conta da produção! Trabalhemos para salvar as nossas vidas, e não para ar lucro para um punhado de homens que nos exploram e escravizam.
