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CRISE PENITENCIÁRIA | Presídios no Rio de Janeiro tem um morto a cada 2 dias

De janeiro a abril, 55 pessoas morreram em prisões no Estado

segunda-feira 20 de agosto de 2018 | Edição do dia

O Brasil atualmente possui a terceira maior população carcerária do mundo, ultrapassando 700 mil presos. As condições de superpopulação e de insalubridade dos presídios brasileiros são reconhecidamente desumanas. Mais uma estatística vem complementar essa situação: de janeiro a abril desse ano, um preso morreu a cada dois dias em presídios do Estado.

Dentre as mortes em presídios, a maioria são causadas por doenças infectocontagiosas. Na maioria dos casos, são doenças totalmente tratáveis que não costumam ser letais para a população em geral. Um exemplo disso, é o caso do ex morador de rua Rafael Braga, preso arbitrariamente por portar um pinho sol nas ruas do centro após os protestos de junho de 2013, que recebeu um habeas corpus após contrair tuberculose na prisão.

O número de mortes tem saltado absurdamente frente ao aumento da população carcerária. Em 1998, haviam 9 mil presos no Estado e foram 26 mortos, enquanto em 2017 foram 266 mortos para 55 mil presos. Um fato absurdo é que além do gritante aumento da população carcerária, cerca de 40% dos presos ainda não foi julgado.

Apesar do aumento da população carcerária, a violência não só não diminuiu como tem aumentado. Apenas ano passado, foram registrados 62,5 mil homicídios. Todo esse aumento da criminalidade é resultado da barbárie capitalista, que pauperiza a população e aumenta a desigualdade social. Essa solução não melhorará com maiores medidas repressivas e sim com a legalização das drogas e com um programa anticapitalista, que crie empregos, garanta serviços básicos à população e reduza as desigualdades sociais.




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